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Rússia sinalizou esta segunda-feira um novo corte nas taxas de juro

“Temos de ter a possibilidade de baixar a taxa de juro mais rapidamente”, disse na segunda-feira a governadora do Banco Central, Elvira Nabiullina. “Temos de criar condições para aumentar a disponibilidade de crédito na economia.”
18 Abril 2022, 16h50

A Rússia sinalizou esta segunda-feira um provável novo corte nas taxas de juro e mais despesas orçamentais para ajudar a economia a adaptar-se às sanções impostas pelo Ocidente, à medida que avança para a sua contração mais profunda desde 1994.

De acordo com a “Reuters”, a Rússia está a enfrentar uma inflação elevada e saída de capital, ao mesmo tempo que enfrenta um possível incumprimento da dívida, depois de o Ocidente ter imposto sanções sem precedentes para punir o presidente Vladimir Putin por ter invadido a Ucrânia.

Putin disse na segunda-feira que a Rússia deve usar o seu orçamento de Estado para apoiar a economia e a liquidez.

O Banco Mundial espera que a economia russa recue mais de 11% este ano.

O banco central russo mais do que duplicou a sua taxa de juro para 20% a 28 de fevereiro, depois da primeira vaga de sanções ter atingido o país, antes de reduzir a taxa para 17% a 8 de abril. Espera-se que a baixe ainda mais na próxima reunião do conselho de administração que vai acontecer a 29 de abril.

“Temos de ter a possibilidade de baixar a taxa de juro mais rapidamente”, disse na segunda-feira a governadora do Banco Central, Elvira Nabiullina. “Temos de criar condições para aumentar a disponibilidade de crédito na economia.”

Embora a inflação na Rússia tenha acelerado para o seu valor mais alto desde o início de 2002, o banco central “não tentará reduzi-la por qualquer meio – o que impediria que as empresas se adaptassem”, disse Nabiullina.

O atual aumento da inflação é causado pela baixa oferta, não pela procura elevada, e o banco central pretende elevar a sua meta de 4% em 2024, à medida que a economia se adapta às sanções ocidentais, disse, falando na câmara baixa do parlamento russo.

“O período em que a economia pode viver de reservas é finito. E já no segundo e terceiro trimestre entraremos num período de transformação estrutural e na procura de novos modelos de negócio”, disse Nabiullina.

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