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Rebelião na Rússia. Prigozhin vai viver para a Bielorrússia após travar coluna militar

Acompanhe aqui o desenrolar, ao minuto, de toda a situação na Rússia e que pode levar a uma guerra civil no país de Putin.
24 Junho 2023, 12h21

21h18 Prigozhin vai viver para a Bielorrússia 

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, vai viver para a Bielorrússia no âmbito do acordo negociado com o presidente bielorusso para pôr fim à rebelão militar contra as forças russas, diz o Kremlin, citado pela “BBC”.

Os media avançam ainda que as acusações contra Prigozhin e as forças de Wagner serão retiradas pelas autoridades russas para evitar um “banho de sangue”.

20h40 Afinal, o que aconteceu entre o grupo Wagner e as forças russas?
Este sábado foi marcado pela rebelião do grupo Wagner contra o comando militar russo, que se dirigiu para Moscovo. Quando estava a 200 quilómetros da cidade, o líder dos mercenários, Yevgeny Prigozhin, acabou por aceitar parar a marcha. Leia aqui um resumo do dia.
19h54 Putin já agradeceu ao presidente bielorusso pelas negociações

O presidente russo, Vladimir Putin, já agradeceu ao presidente bielorusso, Alexander Lukashenko, por ter negociado com o grupo Wagner a sua retirada, refere o gabinete de imprensa de Lukashenko, citado pelo “The Guardian”.

“Os presidentes falaram novamente ao telefone. O presidente bielorusso informou o presidente russo, em detalhe, sobre os resultados das negociações com o grupo Wagner”, indica um comunicado. “O presidente russo apoiou e agradeceu ao homólogo bielorusso pelo trabalho feito”, conclui.

O Kremlin ainda não reagiu oficialmente às negociações entre a Bielorrússia e o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.

19h28 "Hoje o mundo viu que os chefes da Rússia não controlam nada", diz Zelensky

O presidente da Ucrânia já reagiu à decisão de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, de fazer recuar as colunas militares.

Volodymyr Zelenskyy afirma, na rede social Twitter, que “hoje o mundo viu que os chefes da Rússia não controlam nada. Caos completo. Ausência completa de qualquer previsibilidade”.

“O mundo não deveria ter medo. Sabemos o que nos protege. A nossa união”, disse ainda, frisando que a “Ucrânia será capaz de proteger a Europa de quaisquer forças russas, e não interessa quem é que as comanda”.

19h22 Grupo Wagner está a abandonar Rostov 

O grupo Wagner está a abandonar a localidade de Rostov-on-Don, que foi ocupada ontem por mercenários do grupo liderado por Yevgeny Prigozhin, avança a agência estatal TASS.

18h48 Prigozhin ordena recuo da coluna militar para evitar "banho de sangue"

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, terá ordenado o recuo da coluna militar para evitar um “banho de sangue”, segundo a “BBC”, quando já estava a cerca de 200 quilómetros de Moscovo.

A proposta partiu do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e foi aceite por Yevgeny Prigozhin, avança o canal de televisão “Rossiya 24”.

“Prigozhin aceitou a proposta de Lukashenko de parar o movimento do grupo Wagner em território russo”, segundo o gabinete de imprensa do presidente da Bielorrússia.

A informação foi entretanto confirmada pelo grupo Wagner, através do serviço de mensagens Telegram, numa mensagem assinada por Yevgeny Prigozhin.

“Iam desmantelar o grupo Wagner. Partimos no dia 23 de junho [sexta-feira] na ‘Marcha da Justiça’. Durante o dia avançamos até ficarmos a cerca de 200 quilómetros de Moscovo. Neste período, não derramamos uma única gota de sangue dos nossos combatentes”, disse Prigozhin na mensagem de áudio transmitida no Telegram.

“Agora, chegou a hora em que o sangue russo pode ser derramado. E, por isso, compreendemos a responsabilidade por este derramamento de sangue russo numa das partes e vamos organizar-nos e regressar aos acampamentos de acordo com o plano”, acrescentou.

Lukashenko conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, hoje de manhã para “abordar a situação no sul da Rússia” após a ocupação de Rostov pelo grupo Wagner.

Com Agência Lusa

18h18 Moscovo suspende grandes eventos ao ar livre até 1 de julho

Moscovo decidiu suspender os grandes eventos ao ar livre, bem como em escolas, anunciaram as autoridades. A informação é avançada pelo The Guardian.

Esta decisão segue-se ao apelo do presidente da Câmara de Moscovo para que os cidadãos “limitem ao máximo” as suas deslocações na cidade, avisando que o trânsito pode ser “bloqueado” em certas estradas e em alguns bairros.

17h44 Mundo pode estar à beira de uma "catástrofe", diz ex-presidente russo

Dmitry Medvedev, ex-presidente russo, disse que o mundo estará à beira de uma catástrofe se as armas nucleares russas forem parar às mãos do grupo Wagner.

Citado pela agência estatal TASS, o agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia afirmou ainda que o país não vai permitir que um motim se transforme num golpe ou numa crise global.

17h40 Joe Biden fala com líderes do Reino Unido, França e Alemanha

O presidente norte-americano falou com Rishi Sunak, Emmanuel Macron e Frank-Walter Steinmeier sobre a situação na Rússia, segundo a Casa Branca, citada pela “Sky News”.

Joe Biden discutiu a rebelião que Vladimir Putin enfrenta numa altura em que o grupo Wagner se aproxima de Moscovo.

“Os líderes discutiram a situação na Rússia. Também afirmaram o seu apoio inabalável à Ucrânia”, adianta.

17h35 Autarca de Moscovo assume situação "difícil" e limita deslocações

O presidente da Câmara de Moscovo assumiu que a situação é “difícil” na capital russa, para onde se encaminham as forças rebeldes do grupo paramilitar Wagner, e decretou feriado na segunda-feira para limitar as deslocações da população.

“Para minimizar os riscos (…), decidi decretar a segunda-feira um dia de folga”, exceto para certas atividades e serviços municipais, acrescentou o presidente da câmara, Sergei Sobyanin.

O autarca apelou aos moscovitas para que “limitem ao máximo” as suas deslocações na cidade, e avisou que o trânsito pode ser “bloqueado” em certas estradas e em alguns bairros.

Agência Lusa

17h14 França e Itália seguem crise e trabalham para garantir segurança de cidadãos

França e Itália estão a acompanhar de perto a crise na Rússia e a trabalhar para garantir a segurança dos seus cidadãos, após a rebelião do grupo paramilitar Wagner contra o comando militar.

O presidente francês, Emmanuel Macron, “acompanha de perto” a situação na Rússia, ao mesmo tempo que reitera o seu apoio à Ucrânia, frisou hoje em comunicado o Palácio do Eliseu.

Em paralelo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que os seus serviços diplomáticos “estão totalmente mobilizados para garantir a segurança dos cidadãos franceses presentes na Rússia, bem como do seu pessoal diplomático e consular”.

No sítio da Internet da diplomacia francesa sobre conselhos de viagem, é “altamente desaconselhada” a entrada na Rússia devido à “forte volatilidade da situação militar e de segurança”.

Em Itália, a gabinete da primeira-ministra Giorgia Meloni anunciou hoje que o país está atento à crise na Rússia e que está em contacto constante com seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte(NATO) e da União Europeia (UE).

Agência Lusa

16h39 Mercenários chechenos aproximam-se de Rostov 

Os elementos das forças especiais da Chechénia estão a dirigir-se para a região de Rostov para enfrentar o grupo Wagner, mostram as imagens divulgadas pela agência Nexta na rede social Twitter.

Esta manhã, Ramzan Kadyrov, o líder checheno, reafirmou o apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, e revelou que os seus soldados iriam para as zonas de tensão.

16h27 Russos prometem amnistia a mercenários que se renderem

Pavel Krasheninnikov, membro do Parlamento russo, afirmou que os combatentes do grupo Wagner ainda podem “depor as armas e evitar punições”, citado pela agência de notícias russa Tass. De acordo com a agência, terá ainda dito que “deverão fazê-lo rapidamente” para conseguirem o perdão.

Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou os países do Ocidente contra o uso da rebelião do grupo Wagner para “atingirem os seus objetivos russofóbicos”.

16h23 Estradas bloqueadas em Moscovo 

As estradas no perímetro de Moscovo foram bloqueadas por militares, à medida que o grupo Wagner se aproxima da cidade. Também vários edifícios públicos, como museus e centros comerciais, estão a ser evacuados em Moscovo.

De acordo com a “Sky News”, posters de recrutamento do grupo Wagner foram retirados da capital russa.

16h18 Grupo Wagner entra na província de Lipetsk a caminho de Moscovo 

O grupo Wagner está na província de Lipetsk, a cerca de 360 quilómetros a sul de Moscovo, avança a “Sky News”. Desde o início do dia, o grupo Wagner já percorreu mais de 300 quilómetros.

15h55 Estados do Báltico e Finlândia acompanham juntos situação russa

Os três estados bálticos – Estónia, Lituânia e Letónia – estão em contacto permanente entre si e com a Finlândia para acompanhar a evolução da situação na Rússia, enquanto países do flanco oriental da NATO e da União Europeia (UE).

“Estamos em estreito contacto para coordenar e trocar informações”, revelou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, na sua conta do Twitter, incluindo na mensagem na rede social os seus homólogos da Letónia (Krisjanis Karins), da Lituânia (Ingrida Simonyte) e da Finlândia (Petteri Orpo).

O primeiro-ministro da Letónia, Krisjanis Karins, acrescentou que os países do Báltico estão “prontos a tomar medidas adicionais, se necessário, para proteger as fronteiras”.

Agência Lusa

15h34 Letónia fecha fronteiras com a Rússia

Numa publicação na rede social Twitter, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Edgars Rinkēvičs, afirma que o país fechou as fronteiras com a Rússia.

“A segurança das fronteiras foi reforçada, vistos ou entradas na fronteira de russos que deixam a Rússia devido aos acontecimentos atuais não serão considerados”, escreveu, acrescentando que, “neste momento, não existe qualquer ameaça direta para a Letónia”.

15h28 Grupo Wagner está na região de Lipetsk, a 340 km de Moscovo

O governador da província de Lipetsk russa afirmou que o grupo paramilitar Wagner entrou na região, a 340 quilómetros de Moscovo.

As colunas do grupo paramilitar Wagner, que lançou uma rebelião armada contra a liderança militar russa, já estão na região de Lipetsk, informaram as autoridades locais.

“O equipamento (de guerra) do grupo Wagner está a avançar no território da região de Lipetsk”, disse o governador local, Igor Artamonov, no canal Telegram.

De acordo com o político, as autoridades locais “estão a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população”.

Agência Lusa

15h15 Bielorrússia considera rebelião de Wagner “um presente para o Ocidente”

A Bielorrússia considera a rebelião do grupo Wagner na Rússia “um presente para o Ocidente”, alertando para “uma catástrofe”, após o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, ter conferenciado com os seus homólogos bielorrusso, uzbeque, cazaque e turco.

“Qualquer provocação, qualquer conflito interno nas fileiras militares ou políticas, no campo da informação ou da sociedade civil, é um presente para o Ocidente”, declarou o Conselho de Segurança Nacional da Bielorrússia, citado num comunicado divulgado pela diplomacia daquela nação aliada da Rússia.

Minsk acrescentou que a insurreição do grupo paramilitar privado russo “pode acabar em catástrofe”, apelando para que se escute “a voz da razão”.

Antes do comunicado da diplomacia bielorrussa, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, adiantou que Vladimir Putin “informou os seus aliados sobre a situação”.

Agência Lusa

14h56 Turquia, Bielorrússia e Irão apoiam presidente russo

O Conselho de Segurança da Bielorrússia demonstrou o apoio ao governo de Vladimir Putin num comunicado enviado à “CNN”. “A Bielorrússia continua a ser um aliado da Rússia, partilhando plenamente as metas e objetivos da operação militar especial”, referindo-se à invasão da Ucrânia.

O próprio presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também anunciou o apoio da Turquia ao governo de Putin. Este apoio foi também demonstrado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.

De relembrar que o governo da Chechénia já tinha demonstrado, da parte da manhã, o seu apoio a Putin, tendo enviado militares para ajudar as Forças Armadas da Rússia a combater os mercenários do Grupo Wagner.

14h52 Secretário de Estado dos EUA já falou com ministros do G7 e Josep Borrell

Antony Blinken, o secretário de Estado dos Estados Unidos, escreveu no Twitter que já falou com vários ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 e também o o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Na rede social, Blinken escreve que os telefonemas serviram para “debater a atual situação na Rússia”. “Os EUA manter-se-ão em estreita coordenação com os seus aliados e parceiros à medida que a situação for evoluindo”, admite o braço direito de Joe Biden.

 

14h50 Avião de Putin voou para São Petersburgo. Kremlin garante que presidente está em Moscovo

O site FlightRadar24 mostra que o jato de Vladimir Putin levantou voo de Moscovo em direção a São Petersburgo, antes de desaparecer do radar.

O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, já veio a público garantir que o presidente russo continua a trabalhar no Kremlin.

O radar aponta que o avião de Putin desaparecer perto de Tver, onde Putin tem uma habitação.

14h40 "Ninguém se vai render às exigências de Putin"

Esta é a primeira vez que o líder do Grupo Wagner critica diretamente o presidente Putin por nome. Numa mensagem divulgada no Telegram, Prigozhin garante que nenhum dos membros da milícia se vai render.

“Relativamente à traição à pátria, o presidente está profundamente enganado. Nós somos patriotas. Lutámos e estamos a lutar, todos os combatentes do Wagner”, assenta.

“E ninguém vai se vai render às exigências do presidente, do FSB, ou de quem quer que seja. Porque não queremos que o país viva ainda mais na corrupção, na mentira e na burocracia”, apontou Yevgeny Prigozhin.

13h50 Comunicações na Rússia com interrupções

As redes de comunicações e os transportes na Rússia estão a enfrentar problemas significativos, avança o “Politico”. As autoridades russas estão a apertar a segurança num momento em que o Grupo Wagner está a caminho de Moscovo, naquilo que o governo apelida de “operação antiterrorista”.

O regulador assegura que se tratam de “restrições temporárias” e que o acesso à Internet deve ser reposto nas próximas horas nas zonas afetadas.

Esta manhã, a Rússia já tinha bloqueado o acesso ao Google News, à medida que a milícia Wagner mantinha as comunicações no Telegram.

13h35 Líder da milícia afirma que pessoas estão a apoiar Wagner

O líder da milícia russa admite que não matou uma única pessoa na sua deslocação até Moscovo. Num novo áudio publicado no Telegram, Yevgeny Prigozhin assume que o Grupo Wagner não matou ninguém no seu caminho.

“Passámos sem disparar uma única bala, não tocámos num único recruta. Não matámos uma única pessoa no nosso caminho”, diz Prigozhin no áudio.

“Fomos atacados pela aviação, mas chegámos a Rostov. Sem um único tiro, capturámos o edifício do quartel-general. Não interferimos com o trabalho de uma única pessoa”, aponta o líder dos paramilitares.

Na mesma comunicação, Prigozhin adianta que as pessoas estão a apoiar a rebelião. “As pessoas estão a mostrar bandeiras do Wagner. Quando os rapazes vão às lojas, as pessoas pedem para pagar por eles”.

13h00 Quem está a acompanhar a situação da Rússia?

Vários países já assumiram estar a acompanhar a situação na Rússia entre o Grupo Wagner e as Forças Armadas. O governo britânico foi o último a garantir estar a acompanhar, tendo inclusive realizado uma reunião de emergência.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que a rebelião na Rússia é um problema interno, apesar de estar a acompanhar “de perto a evolução da situação na Rússia”, estando em contacto permanente com os líderes europeus e parceiros do G7.

A Estónia, que faz fronteira com a Rússia, também está a acompanhar toda a situação e “a trocar informações com os seus aliados”, aponta a primeira-ministra, Kaja Kallas. A primeira-ministra pediu aos cidadãos para não se deslocarem para o país, tendo reforçado a fronteira.

Também Portugal já se pronunciou, tendo a embaixada nacional em Moscovo pedido aos portugueses para evitar deslocações a locais públicos por toda a Rússia, bem como grandes aglomerados.

A NATO garantiu, hoje de manhã, estar a monitorar a rebelião do Grupo Wagner. Também a Comissão Europeia apontou estar a acompanhar  situação, embora tenha defendido que se trate de “um assunto interno” que diz respeito à Rússia.

12h39 "Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio", diz Zelensky

“Todos os que escolhem o caminho do mal destroem-se a si próprios”. Quem o diz é Volodymyr Zelensky no Twitter em reação à situação que acontece na Rússia.

“Durante muito tempo, a Rússia utilizou a propaganda para mascarar a sua fraqueza e a estupidez do seu governo. E agora o caos é tão grande que nenhuma mentira o consegue esconder”, continua o presidente ucraniano.

“Tudo isto por causa de uma pessoa que, uma e outra vez, assusta com o ano de 1917 [referência ao discurso de Putin], apesar de não ser capaz de conseguir mais nada senão isto”.

Zelensky, cujo país continua sob ataques russos, atira que “a fraqueza da Rússia é óbvia. Fraqueza em grande escala”.

 

12h33 Civis de Rostov distribuem alimentos aos militares do Grupo Wagner

Os habitantes de Rostov, cidade ‘conquistada’ pelo Grupo Wagner durante a noite, mantêm a sua rotina habitual. No entanto, estão a distribuir água e alimentos pelos militares que se encontram espalhados pela cidade.

Num vídeo publicado no Twitter, uma cidadã tenta dar comida a um militar, que não a aceita, mas esta deixa o pacote, que assegura não ter sido aberto, ao lado do mesmo.

“Comida. Não foi aberta”, diz, enquanto se aproxima outro cidadão a oferecer uma garrafa de água.

“Porque lhe ofereceu água?”, questiona quem gravou o momento. “Porque é a coisa mais humana a fazer. Eles parecem cansados, obviamente que precisam de comida. Não sou a única a dar algo, há quem tenha trazido água, maçãs, batatas fritas”.

“Há uma loja ali à frente que está vazia. Tudo o que vendem foi comprado e dado aos militares”, conta.

12h30 Forças russas terão bombardeado depósito de combustível perto de Voronezh

Vídeos colocados nas redes sociais mostram um alegado ataque das Forças Armadas Russas a um depósito de combustível em Voronez.

O governador da cidade confirmou a presença de 100 bombeiros para o combate ao incêndio que se instalou na localidade, no entanto não avançou as origens ou causa do incidente.

12h26 Exército russo abre fogo sobre coluna militar do Grupo Wagner

Em vídeos que circulam nas redes sociais, uma coluna militar do Grupo Wagner, que é vista a deslocar-se em sentido a Moscovo, é vista a ser atingida por fogo por parte de helicópteros do exército russo.

O ataque aconteceu perto da autoestrada M4, perto de Voronezh, cidade que o grupo alega controlar desde esta manhã

12h04 Forças da Chechénia disponíveis para acabar com rebelião na Rússia

O líder checheno, Ramzan Kadyrov, revelou que as forças militares estão prontas a ajudar o governo russo a derrubar o mercenário Yevgeny Pxrigozhin e o Grupo Wagner. Desta forma, Kadyrov colocou-se do lado de Vladimir Putin.

Em comunicado no Telegram, Ramzan Kadyrov considerou que o comportamento do líder do Grupo Wagner é “uma facada nas costas” da Rússia e Putin e pediu aos soldados para não cederem a qualquer provocação do grupo paramilitar.

08h18 Vladimir Putin: “Vamos defender a Rússia da traição interna”

O Presidente russo, Vladimir Putin, classificou hoje de “traição” a rebelião armada promovida pelo líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, prometendo “defender o povo” e a Rússia, numa declaração divulgada pela televisão russa.

“Aquele que organizou e preparou a rebelião militar traiu a Rússia e vai responder por isso”, declarou Putin, durante um discurso à nação transmitido pela televisão pública.

Putin não identificou Prigozhin pelo nome e quis distingui-lo das forças do grupo Wagner, pedindo “àqueles que foram pressionados a provocar esta rebelião militar” para depor as armas, no que denunciou como uma “punhalada” nas tropas russas e no povo.

“As nossas ações para defender a pátria desta ameaça serão muito duras e os responsáveis serão levados à justiça”, afirmou o presidente russo, que, no entanto, confirmou que a situação em Rostov é “difícil” e que as suas forças estão a tentar agora estabilizar a situação.

Agência Lusa

07h37 Rússia sob “regime de operações antiterroristas” após avanço do grupo Wagner

O “regime de operações antiterroristas” foi introduzido na capital russa, Moscovo, e na sua região, numa altura em que a Rússia é abalada por uma rebelião do grupo paramilitar Wagner, anunciou hoje o Comité Nacional Antiterrorista.

Para “prevenir eventuais atentados”, este regime foi igualmente introduzido na região de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, indicou o comité num comunicado de imprensa, citado pelas agências noticiosas russas.

Esta medida reforça os poderes dos serviços de segurança e permite-lhes restringir os movimentos.

Agência Lusa

00h24 Serviços secretos russos acusam chefe do grupo Wagner de apelar à guerra civil

Os serviços de segurança russos (FSB) acusaram hoje o chefe do grupo paramilitar Wagner de incitar à guerra civil ao apelar a uma rebelião contra o estado-maior, e exortou os seus homens a desobedecerem-lhe e procederem à sua detenção.

“As declarações e atos de Prigozhin são na realidade um apelo a desencadear um conflito civil armado no território da Rússia (…). Apelamos aos combatentes do grupo Wagner a não cometerem um erro irreparável, a terminarem as ações pela força contra o povo russo, a não cumprirem as ordens criminosas e traidoras de Prigozhin e a adotarem as medidas para o prender”, declarou o FSB, citado pelas agências noticiosas russas.

Em paralelo, um influente general russo, Sergueï Surovikin apelou aos combatentes do grupo Wagner a “pararem” e regressarem às suas casernas “antes que seja tarde demais” e após o apelo do seu chefe, Yevgeny Prigozhin se ter sublevado contra o comando militar.

“Dirijo-me aos combatentes e chefes do grupo Wagner (…). Somos do mesmo sangue, somos guerreiros. Peço-vos que parem (…). Antes que seja tarde demais é necessário obedecer à vontade e às ordens do Presidente eleito da Rússia”, indicou num vídeo difundido no Telegram por um jornalista da televisão estatal russa.

Agência Lusa

22h30 Serviços secretos russos iniciam investigação ao líder do Wagner por “convocar motim”

Os serviços secretos russos abriram hoje uma investigação ao líder do grupo paramilitar Wagner, após Yevgeny Prigozhin ter apelado a uma revolta contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

“As alegações divulgadas em nome de Yevgeny Prigozhin não têm fundamento. (…) O FSB [serviços de segurança russos] abriu uma investigação por convocação de um motim armado”, referiu o Comité Nacional Antiterrorista da Rússia em comunicado, citado por agências de notícias russas.

A presidência russa (Kremlin) divulgou, por sua vez, que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, está a ser informado sobre o conflito entre o Exército russo e o grupo Wagner.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência Tass, assegurou também que estão a ser tomadas as medidas necessárias.

O líder do grupo paramilitar Wagner convocou hoje uma revolta contra o alto comando militar da Rússia, frisando ter 25.000 soldados e instando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.

JCL

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