Ryanair luta contra excesso de passageiros alcoolizados e limita bebidas

A Ryanair quer limitar a quantidade de bebidas alcoólicas que os passageiros podem comprar nos aeroportos. Para evitar situações incómodas, a companhia aérea irlandesa quer estabelecer um limite de duas bebidas alcoólicas e proibir as suas vendas antes das 10 horas da manhã.

A medida da companhia aérea low cost visa tentar reduzir o número de problemas a bordo causados pelo excesso de álcool dos viajantes. A proibição da Ryanair destina-se às compras de álcool nos aeroportos e prende-se com a necessidade de evitar a existência de passageiros alcoolizados quer antes de embarcar quer enquanto estiverem a voar.

A informação foi anunciada pela Ryanair, em comunicado, e dá conta de que a empresa de Michael O’Leary considera que os incidentes associados ao consumo de álcool estão a ficar fora de controlo – a Autoridade da Aviação Civil aponta para um aumento de 600% no número de problemas com passageiros no Reino Unido, entre 2016 e 2012, sendo que maioria envolveu álcool, conforme explica o The Guardian.

“A Ryanair tem tomado uma série de medidas para prevenir o comportamento perturbador nos seus voos no Reino Unido e os clientes não estão autorizados a consumir as suas próprias compras duty-free a bordo”, explicou a companhia aérea na nota divulgada pela imprensa internacional.

Os passageiros da irlandesa já estão proibidos de consumir as suas compras de aeroporto na maior parte dos voos. Contudo, a Ryanair foi mais longe e proibiu os clientes de determinadas rotas para Espanha, desde Glasgow e Manchester, de levar álcool a bordo.

“Os clientes que voam de Glasgow Prestwick e Manchester para Alicante e Ibiza estão proibidos de levar álcool duty free a bordo do avião – e aqueles que tenham comprado vão ser alertados para o colocar no porão ou deixar as suas compras”, avisa a Ryanair. Segundo o diretor de marketing, Kenny Jacobs, é injusto que os aeroportos ganhem com a receita das vendas de álcool e deixem que as tripulações levem com as consequências do seu consumo.