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Sanções a Putin seriam “politicamente destrutivas” e romperiam relações, diz porta-voz do Kremlin

Segundo a “Reuters”, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegura que sanções individuais contra Putin “não seriam dolorosas (mas) politicamente destrutivas”. Resposta vem depois das declarações dos Aliados que acreditavam ver na medida uma forma de parar uma invasão.
  • Maxim Shemetov/Reuters
26 Janeiro 2022, 18h22

A Rússia disse esta quarta-feira que impor sanções ao presidente Vladimir Putin não o prejudicaria a título pessoal, mas seria “politicamente destrutivo”, depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que consideraria a medida se a Rússia invadisse a Ucrânia, adiantou a “Reuters”.

Joe Biden disse esta terça-feira, dia 25, que pode considerar implementar sanções pessoais contra Putin, embora seja uma medida rara, como parte de um esforço conjunto de Washington e Aliados para convencer Moscovo de que qualquer nova agressão contra a Ucrânia traria elevados custos.

Um dia depois da reunião entre o presidente norte americano e os líderes europeus, que visou coordenar as suas posições sobre a crise, altos funcionários dos EUA revelaram acreditar que a ameaça de consequências económicas devastadoras pode vir a ser capaz de dissuadir  Putin de uma invasão, segundo o “Financial Times”.

Agora,  segundo a “Reuters”, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegura que sanções individuais contra Putin “não seriam dolorosas (mas) politicamente destrutivas”. Peskov já disse anteriormente que essa jogada iria romper as relações diplomáticas.

Ao mesmo tempo que se iniciaram as negociações entre a França, Alemanha, Rússia e Ucrânia em Paris, a Rússia realizou novos exercícios militares (na terra e no mar) e transferiu mais para-quedistas e caças para a Bielorrússia, ao norte da Ucrânia, para o que descreve como exercícios conjuntos no próximo mês.

A Ucrânia acredita que a Rússia está a tentar semear o pânico. O ministro das Relações Externas, Dmytro Kuleba, disse que Moscovo ainda não reuniu forças suficientes para uma ofensiva em larga escala, sem prejuízo de o poder fazer mais tarde.

Os Estados Unidos mobilizaram esta semana cerca de 8.500 militares em alerta máximo, prontos para serem mobilizados pela NATO, se necessário, face ao aumento de receios de uma invasão da Ucrânia pela Rússia.

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