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Sede de campanha de Marine Le Pen é alvo de vandalismo e tentativa de fogo posto

O ataque, que já foi entretanto reivindicado por um grupo que afirma “combater a xenofobia e o racismo”. As autoridades estão a investigar o caso.
  • Reuters
13 Abril 2017, 14h09

A sede de campanha da candidata de extrema-direita às presidenciais francesas, Marine Le Pen, foi na madrugada desta quinta-feira alvo de vandalismo e fogo posto, com recurso a coquetéis molotov. As autoridades estão a investigar o ataque, que já foi entretanto reivindicado por um grupo que afirma “combater a xenofobia e o racismo”, que têm dominado os discursos da Frente Nacional.

O alerta de incêndio foi dado por volta das 2h40 da manhã (1h40 em Lisboa) num prédio situado no oitavo distrito – um dos mais caros da capital – onde se situa a sede de campanha da Frente Nacional. Os bombeiros acorreram ao local e o fogo foi controlado rapidamente controlado no piso térreo do edifício, de acordo com o porta-voz dos bombeiros.

A polícia confirmou que o incêndio foi fogo posto e que tinha resultado de mais um ato de vandalismo. Na fachada do edifício foram partidas janelas e deixadas mensagens de protesto nas paredes, entre as quais a inscrição “FN contra KLX”.

Marine Le Pen acredita que se terá tratado de um ato de violência cometido “por um pequeno grupo de extrema-esquerda, que atuam com total impunidade há meses”. Foram eles que destruíram lojas, queimaram veículos durante manifestações, atacaram a polícia”, afirma, dizendo que não está “surpreendida” já que o presidente socialista François Hollande “não faz nada”.

Um grupo que diz “combater a xenofobia e o racismo” ligou para agência de notícias francesa AFP para reivindicar a ação e a garantir que “até ao dia das eleições” ataques como este continuarão a acontecer.

O representante do grupo também declarou que um ato similar foi organizado na sede do jornal de extrema-direita “Présent”, e afirmou que outros similares estão sendo planejados “até o dia das eleições”. O primeiro turno está marcado para o dia 23 de abril.

A candidata de extrema-direita lidera as sondagens ao lado do centrista Emmanuel Macron, que deve passar à segunda volta com 24% dos votos cada. O primeiro turno das presidenciais realiza-se a 23 de abril.

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