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Seis recrutas do curso 127 dos Comandos apresentam queixa-crime ao MP

Pertencem ao grupo de 150 testemunhas que já haviam sido ouvidos ao longo destes sete meses pela Polícia Judiciária Militar e pelo Ministério Público, e receiam (estar a) ser injustiçados.
3 Abril 2017, 10h52

Seis militares do curso 127 dos Comandos apresentaram queixa-crime no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, na esperança de que a Justiça civil abra “um procedimento criminal sobre o que se passou na Prova Zero”, avança fonte próxima do processo, citado pelo “Expresso”.

Pertencentes ao grupo de 150 testemunhas que já haviam sido ouvidos ao longo destes sete meses pela Polícia Judiciária Militar e pelo Ministério Público, estes militares receiam (estar a) ser injustiçados. “Sabem que podem vir a ficar com sequelas para a vida”, assegurou a mesma fonte.

Por sua vez, 14 arguidos do processo, entre os quais oficiais e sargentos responsáveis pela organização do curso de Comandos, não quiseram prestar declarações à procuradora Cândida Vilar. O sargento Lenate Inácio é suspeito de ter esbofeteado um instruendo, após o ter obrigado a ficar em prancha, como castigo, por ter vomitado depois do almoço, no dia da recruta.

O comandante da Companhia de Formação do Regimento dos Comandos, Rui Monteiro, é também suspeito de episódios violentos, nomeadamente a proibição do Grupo dos Graduados, ao qual pertencia Hugo Abreu (uma das vítimas), dormir da noite de 3 para 4 de setembro.

Além de Hugo Abreu e Dylan da Silva, também Nuno O. poderia ter entrado na lista das vítimas mortais do curso dos Comandos. Transferido do Regimento para as urgências do Hospital das Forças Armadas (HFAR) e posteriormente, ainda no mesmo dia, para o Hospital Cruz Vermelha, Nuno apresentava sintomas de rabsomiólise grave, desidratação e problemas renais, tendo permanecido internado durante dias, com “graves lesões corporais”, relata o Expresso.

 

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