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Sem reforço na Defesa, “as nossas vidas estarão à mercê de qualquer tirano com força militar poderosa”, diz Gomes Cravinho

Para o governante, que voltou a reiterar a importância de um maior investimento na Defesa, “a paz é um dos maiores objetivos, mas requer capacidade militar e parcerias com outros continentes”.
  • João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa
21 Março 2022, 16h55

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho voltou a defender esta segunda-feira a necessidade de um reforço do Estado no sector da  Defesa, numa altura em que o conflito armado na Ucrânia continua a agravar.se.

“Olhando mais para o futuro, gostaria da apontar para alguns dos desafios e implicações deste retorno à guerra. Uma consequência que os europeus já não podem ignorar são as lições de séculos de história, temos sempre de ter em conta a natureza precária da paz, algo que tem sido ausente do pensamento europeu durante décadas”, sublinhou Gomes Cravinho, esta tarde, durante a sua intervenção na conferência “A Invasão da Ucrânia: Desafios para a Europa e o Mundo” da Fundação Calouste Gubenkian.

Para o governante, “a paz é um dos maiores objetivos, mas requer capacidade militar e parcerias com outros continentes” caso contrário “as nossas vidas estarão à mercê de qualquer tirano com força militar poderosa”.

“Por outro lado, os países europeus já estão a investir largamente na defesa, mas é óbvio que temos de investir mais porque precisamos modernizar a nossa capacidade militar”, assegurou, acrescentando que são necessários “investimentos de forma mais ponderada reduzindo a fragmentação e a duplicação dos nossos meios militares”.

Segundo o ministro da Defesa a guerra na Ucrânia representa “um ponto de viragem histórico e temos de compreendê-lo e agir em conformidade”.

“O desafio não se prende apenas com gastarmos simplesmente dinheiro em equipamento militar, trata de tornar as nossas sociedades resilientes através da proteção da cibernética, a proteção das nossas linhas vitais”, sublinhou Gomes Cravinho.

Quanto aos culpados da guerra, o ministro disse não ter dúvidas para onde apontar o dedo. “A guerra que enfrentamos na Europa é absolutamente unilateral no que toca à culpa, esta é a guerra de escolha de Putin desencadeada após meses desinformação e engano”, referiu.

Gomes Cravinho voltou também a vincar também a posição de que “a NATO não quer um conflito com a Rússia, mas não hesitará em responder se o território aliado for atacado”.

 

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