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“Sensação de injustiça”. Marcelo lamenta exclusão de Portugal continental do corredor aéreo britânico

“Espero que possa haver a ultrapassagem desta situação, temos a sensação de injustiça em relação a algumas áreas do território continental. é preciso resiliência e resistência”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa esta quinta-feira.
  • Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República handout via Lusa
10 Setembro 2020, 20h00

O Presidente da República lamentou esta quinta-feira a exclusão de Portugal continental do corredor aéreo do Reino Unido, apesar de Madeira e Açores terem sido mantidos entre os territórios considerados seguros pelo Governo britânico. Medida entra em vigor às quatro da manhã deste sábado

Portugal continental foi colocado na lista de países não seguros por parte do Reino Unido, sendo que Madeira e Açores vão manter-se na lista de destinos cujo retorno não vai obrigar a um período de quarentena, de acordo com anúncio do Governo liderado por Boris Johnson.

“Espero que possa haver a ultrapassagem desta situação, temos a sensação de injustiça em relação a algumas áreas do território continental. é preciso resiliência e resistência”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações à comunicação social.

O chefe de Estado deixou ainda algumas palavras sobre as medidas que vão ser incluídas no Estado de Contingência e que vão entrar em vigor a 15 de setembro. “Portugueses devem perceber que com uma pequena ajuda podem facilitar a sua própria vida, se houver esse esforço é mais fácil uma evolução. Solução é a contenção e não o confinamento”, concluiu o Presidente da República.

Recorde-se que a 20 de agosto o Governo britânico decidiu incluir Portugal no corredor aéreo, o que significava que os cidadãos residentes no Reino Unido que voem com proveniência de Portugal já não teriam de cumprir um período de quarentena.

O Governo português tem sido ativo na pressão junto das autoridades britânicas para abrir um “corredor aéreo” para Portugal, destino de mais de 2,5 milhões de britânicos todos os anos, que representaram quase 20% das dormidas de estrangeiros em 2019.

Desde 8 de junho que todas as pessoas que chegam do estrangeiro ao Reino Unido, incluindo britânicos, são obrigadas a permanecer em isolamento durante 14 dias para reduzir a probabilidade de contágio da covid-19.

As transgressões serão puníveis com multas de mil libras (1.100 euros), estando isentas pessoas vindas da Irlanda, motoristas de transportes de mercadorias, médicos que estejam envolvidos no combate à pandemia de covid-19 e trabalhadores agrícolas sazonais.

 

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