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Sindicato dos tripulantes da TAP requer audiências “com carácter de urgência” a todos os partidos com assento parlamentar

O SNPVAC alega que, só no que respeita aos tripulantes de cabine, a companhia aérea nacional quer despedir 750 trabalhadores efetivos, a que se somam mais de mil com contratos a prazo”, sublinhando que “são mais de 1.750 tripulantes de cabine que vão ficar sem trabalho”.
30 Novembro 2020, 17h29

O SNPVAC – Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, vai requerer, ainda hoje, dia 30 de novembro, audiências, com carácter de urgência, “a todos os partidos e deputados independentes, com assento parlamentar, para lhes dar conta das nossas legítimas preocupações e lhes apresentar as diversas alternativas possíveis para uma restruturação da TAP que vá muito além dos despedimentos e cortes da massa salarial”.

De acordo com um comunicado divulgado há minutos, este sindicato “manifesta a sua total perplexidade pelo ‘silêncio ensurdecedor’ adotado por todos os partidos políticos com assento parlamentar, bem como o Governo, face ao plano de restruturação apresentado pela administração da TAP na passada sexta feira [dia 27 de novembro], que prevê a saída de 3.600 trabalhadores, entre despedimentos e contratados a prazo, e um corte da massa salarial de 25%”.

“Só no que respeita aos tripulantes de cabine, a TAP quer despedir 750 trabalhadores efetivos, a que se somam mais de mil com contratos a prazo”, assinala o referido comunicado, para acrescentar que “são mais de 1.750 tripulantes de cabine que vão ficar sem trabalho!”

Os responsáveis do SNPVAC adiantam que transmitiram na passada sexta-feira à administração da TAP que “existem soluções alternativas que permitem salvaguardar postos de trabalho, minimizando assim o número total de despedimentos”.

“Como já defendemos, não é com reduções salariais e com despedimentos que se vai salvar a TAP, mas sim com uma intervenção de cariz financeiro que capacite a empresa para os anos vindouros”, asseguram os responsáveis do SNPVAC, defendendo que “há alternativas com menores custos sociais e que permitem manter uma TAP com a dimensão e a importância que esta companhia representa para o nosso país”.

Segundo a direção do sindicato, o SNPVAC, “ao longo de todo este processo de restruturação, que se arrasta desde março, tem tentado sensibilizar todas as estruturas da TAP para uma possível união sindical por forma a que as diversas propostas possam ser analisadas e avaliadas por todos”.

“Este é um momento de união e estamos convictos que este seria um momento único para o assumirmos e assim defendermos de forma mais eficaz os interesses de todos e da TAP. É muito importante que a administração [da TAP] e o Governo tenham consciência que há alternativas credíveis que vão muito além dos despedimentos e dos cortes da massa salarial”, advoga o referido comunicado do SNPVAC.

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