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Siza Vieira diz que plano de Costa Silva vai ajudar a “consolidar ideias, acelerar tendências ou descartar opções”

O ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse que o plano de António Costa Silva foi “um exercício livre e não condicionado” e lança o debate sobre o futuro do país.
21 Julho 2020, 11h13

O ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou esta terça-feira que o plano de recuperação económica desenho pelo gestor António Costa Silva vai ajudar o Governo a “consolidar ideias, a acelerar tendências ou a descartar opções”. Pedro Siza Vieira disse que o plano de António Costa e Silva foi “um exercício livre e não condicionado” e lança o debate sobre o futuro do país.

“Este documento [apresentado por António Costa e Silva] convoca-nos a todos para pensar nos constrangimentos que o país vive e nos caminhos possíveis para Portugal. Ajuda-nos a consolidar ideias, a acelerar tendências ou a descartar opções”, afirmou Pedro Siza Vieira, na apresentação da versão preliminar do “Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O ministro referiu que a resposta que se perspetiva para a próxima década “tem de partir também a partir de uma reflexão sobre o país” e explicou que foi para ajudar o Governo a “articular” essa solução que “o Governo dirigiu um convite ao professor António Costa e Silva” para apresentar uma visão estratégica que a próxima década. “Foi um exercício livre e não condicionado”, sublinhou o governante.

No documento de 119 páginas, o gestor da Partex que foi contratado no mês de abril e formalmente nomeado por resolução do conselho de ministros no dia 3 de junho, traça os dez passos fundamentais para a retoma da economia nacional. Entre eles consta a aposta na ferrovia, na reindustrialização e na reconversão industrial.

Pedro Siza Vieira saudou o acordo conseguido no Conselho Europeu, que garantirá 45 mil milhões de euros para Portugal nos próximos sete anos, mas frisou que esse dinheiro não deve servir apenas de “estímulo económico imediato”, devendo por isso investir-se nas “fundações do país que queremos ser no final da década”.

“Um país que assente a dupla aposta na transição digital e da descarbonização da nossa economia e da nossa sociedade e que reforce a nossa autonomia estratégica e a industrialização do país, que aposte na correção das desigualdades e no combate ao envelhecimento demográfico”, indicou.

O ministro do Estado e da Economia sublinhou ainda que “a resposta à crise e a aplicação destes recursos exige, nos termos que estão acordados, a apresentação por Portugal de um plano de recuperação cujo primeiro esboço deve ser apresentado à Comissão Europeia em outubro deste ano”. “Este plano de recuperação deve, por isso, estar norteado por uma reflexão conjunta sobre o país que queremos ser”, disse, referindo-se ao plano de António Costa e Silva.

Pedro Siza Vieira lembrou ainda que, no programa do Governo, o Executivo socialista afirmou como objetivo a construção de “uma sociedade altamente desenvolvida”, em que o crescimento da economia assentasse na “qualificação das pessoas e inovação”. “Um país dotado de um Estado social forte, que não deixasse ninguém para trás e que oferecesse a todos uma oportunidade justa de realizar os seus projetos pessoais e profissionais”, disse.

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