O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) questiona os ataques de que tem sido alvo a TAP, tanto na comunicação social, como por parte do Governo, depois das declarações do ministro das Infraestruturas sobre a massa laboral da empresa, e informa que já iniciou contactos com os partidos presentes na Assembleia da República sobre o Plano de Reestruturação da companhia.
O SNPVAC lembra que havia vindo a apelar para que o plano fosse objeto de discussão e colaboração entre a empresa e os sindicatos, algo que se mostrou impossível de concretizar, dado que a companhia nunca chamou à negociação os trabalhadores.
A estrutura sindical defende a abertura de processos voluntários de reforma e pré-reforma, que mitigariam o impacto social negativo que terão os despedimentos. Simultaneamente, o SNPVAC mostra o seu repúdio pela suspensão dos Acordos de Empresa, argumentando que tal significará que serão os trabalhadores a pagar a fatura da má administração por parte dos gestores.
Além disso, o Plano de Reestruturação para os Tripulantes de Cabine já começou, na prática, em abril, defende o sindicato, quando começaram a sair os tripulantes com contratos a prazo, sem o pagamento da Garantia Mínima.
Numa nota à imprensa, divulgada esta sexta-feira, o sindicato lembra os processos de privatização e recompra da TAP, em 2015 e 2018, respetivamente, e a posição dos trabalhadores, que não viram os seus salários atualizados durante vários anos. Este destaque serve de resposta a Pedro Nuno Santos, que afirmou que os custos laborais da companhia a impedem de ser competitiva.
O sindicato pede ainda ao ministro que apresente os números nos quais baseia as suas afirmações, estranhando ainda o seu silêncio aquando dos pagamentos dos bónus anuais aos gestores da companhia em anos de prejuízo.
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