SNS português entre os quinze melhores da Europa, à frente do inglês e espanhol

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) português registou em 2016 uma subida de seis posições no ranking anual do Euro Health Consumer Index para o 14º lugar. Sob a perspetiva do consumidor, Portugal conseguiu uma classificação de 763 pontos em mil possíveis, numa avaliação aos sistemas de saúde de 35 países europeus.

Desta vez numa perspetiva diferente da habitual (a do consumidor), o sistema de saúde português aparece bem pontuado nas áreas dos direitos dos doentes, dos resultados dos tratamentos e da prevenção.

Já as áreas em que o país aparece com pontuação mais baixa são as da acessibilidade – devido à perceção negativa dos doentes sobre os tempos de espera – e o da “diversidade e abrangência dos serviços prestados”.

A análise do Euro Health Consumer Index indica ainda que há muito a melhorar nos serviços de saúde portugueses no que toca a taxa de cesarianas, acesso a cuidados de saúde oral, consultas com médicos especialistas e prevalência de infeções hospitalares por Sptaphylococcus aureus resistente aos antibióticos mais comuns.

Em contrapartida, destacam-se pela positiva a queda na mortalidade por enfarte, a boa taxa de vacinação e as cirurgias às cataratas na população idosa.

Também na relação entre os gastos em saúde e os resultados obtidos (custo-benefício), o SNS português fica numa posição confortável, em 10º lugar. Quanto a resultados destacam-se a sobrevivência ao cancro, mortalidade por doenças cardiovasculares e mortalidade infantil.

A nível geral, Portugal ultrapassa pela primeira vez o sistema de saúde do Reino Unido (15º lugar) e de Espanha (18º lugar).

A Holanda voltou a ser o país com melhor classificação nos 48 pontos avaliados no ranking, com 927 pontos em mil. Seguem-se a Suíça (904 pontos) e a Noruega (865). No fundo da tabela encontra-se a Roménia (497), Montenegro (518) e a Bulgária (526).