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Solução nazi pode ajudar Coreia do Norte a contornar embargo petrolífero

A China poderá travar o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte, mas o regime de Pyongyang poderá encontrar inspirações noutros regimes, que já passaram pelo mesmo, como a Alemanha nazi ou a África do Sul durante o Apartheid.
15 Setembro 2017, 15h58

Numa altura em que as tensões criadas pelos testes nucleares pela Coreia do Norte continuam a aumentar, a ideia de um embargo do fornecimento de petróleo ao país torna-se uma possibilidade cada vez mais próxima. No entanto, o regime de Pyongyang poderá encontrar inspirações noutros regimes, que já passaram pelo mesmo, como a Alemanha nazi ou a África do Sul durante o Apartheid.

Em ambos os casos, os países recorreram a carvão liquefeito, para contornar a falta de petróleo. E as reservas da matéria-prima que a Coreia do Norte tem levam a crer que poderá ser uma opção, de acordo com dados da agência Bloomberg.

“A questão é que a Coreia do Norte não precisa, de forma estrita, do petróleo da China”, explicou Pierre Noel, do International Institute for Strategic Studies, em Londres. No início do mês, a China fez saber que não exclui a hipótese de cortar o fornecimento de petróleo à Coreia do Norte, se o regime de Kim Jong-Un continuar a realizar testes nucleares.

A possibilidade de impor um veto sobre as importações de petróleo da Coreia do Norte foi também estudada pelos Estados Unidos e pelo Japão. No entanto, Noel acrescenta que “a ideia que um embargo petrolífero seria drasticamente doloroso e que eles vão dizer «desculpem, vamos voltar à mesa de negociações», é totalmente não credível”.

Para a Coreia do Norte conseguir usar carvão liquefeito como substituto do petróleo seriam necessárias seis milhões de toneladas de carvão, segundo os cálculos de Noel com base nas importações de petróleo pelo país, em 2015.

Nesse ano, Pyongyang enviou 25 milhões de toneladas de carvão para a China, mas as sanções da ONU obrigaram o país, em 2016, a limitar as exportações a 7,5 milhões de toneladas por ano. Assim, as reservas do país poderão ser mais que suficientes para colmatar o problema.

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