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Sound Particles: a startup portuguesa que faz furor em Hollywood

Nuno Fonseca, fundador da Sound Particles, foi quem teve a ideia de juntar software de precisão aos elementos sonoros. Professor universitário de engenharia informática e tecnologias de musica, inspirou-se nos efeitos visuais da industria cinematográfica, para criar um programa que pudesse ser utilizado pelos gigantes de Hollywood na produção dos seus filmes.
6 Novembro 2019, 15h15

Em 2012, Nuno Fonseca, após acabar o seu doutoramento, percebeu que “ninguém estava a utilizar sistemas de partículas para o som, e então resolvi criar o meu próprio simulador”. Em 2014 planeou uma viagem até aos Estados Unidos para participar numa conferência, mas antes de ir, tomou uma das decisões mais importantes da sua vida, enviar alguns emails para os grandes estúdios de Hollywood, onde explicava que o seu software poderia ser muito útil, especialmente para grandes produções.

“A primeira resposta que eu tive foi da ‘Skywalker Sound’ que é a maior e mais conceituada empresa para som no cinema que existe em todo o mundo, que prontamente me convidaram para ir até ao ‘Skywalker Ranch’ fazer uma apresentação para a equipa de som deles. No espaço de seis meses acabei por dar palestras por todos os outros grandes estúdios de Hollywood”.

Depois de mostrar este tesouro português ao mundo, o que era apenas um protótipo rapidamente se transformou num software indispensável a qualquer grande produção em Hollywood.

A Sound Particles começou por ser um “one-man job” mas atualmente conta com 16 colaboradores, sendo que 15 se encontram em Portugal e um em Inglaterra. Apesar do reduzido numero de pessoas, Nuno Fonseca sublinha a ideia “Hoje em dia vivemos num mundo global, obviamente temos que fazer viagens regularmente para Los Angeles para manter um contacto próximo com os nossos clientes, mas nada impede uma empresa de Leiria fazer software para o outro lado do mundo”.

Em relação a planos futuros, admite estar a ponderar abrir uma delegação em Los Angeles no próximo ano, a expansão do software até à industria da musica é outro dos objetivos, mas o grande plano é mesmo desenvolver cada vez mais o software, expandido as possibilidades para suportar o maior numero de plataformas possíveis.

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