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S&P 500 fecha no verde depois de sprint no final da sessão

Num dia em que o S&P 500 chegou a estar a perder 2% e o Dow a recuar 700 pontos, o sector tecnológico acabou por dar um empurrão ao primeiro índice, que acabou a sessão no verde. Os medos de uma recessão, ainda assim, adensam-se entre os investidores, castigando títulos procíclicos como a banca ou energia.
5 Julho 2022, 20h09

O S&P 500 beneficiou de uma forte valorização no final da sessão para fechar no verde, com o sector tecnológico a dar um forte impulso ao acumular ganhos à medida que os juros acalmaram.

O Dow Jones acabou no vermelho, recuando 0,42% para os 30.967,82 pontos. Já o S&P 500 fechou com um ligeiro avanço, valorizando 0,17% para os 3.831,80 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,75%, ou quase 200 pontos, encerrando com 11.322,24.

O índice S&P 500 chegou a estar a cair 2%, numa altura em que o industrial Dow perdia mais de 700 pontos com os investidores preocupados com a probabilidade cada vez maior de uma recessão na maior economia do mundo.

As previsões da Fed de Atlanta de mais um trimestre de crescimento negativo agravaram o sentimento do mercado, dada a revisão em baixa publicada esta terça-feira e que aponta para um recuo de 1,6% no segundo trimestre do ano. Depois da queda de 2% no primeiro período do ano, esta situação colocaria os EUA numa recessão técnica.

Também as yields dos títulos do Tesouro norte-americano a dois e dez anos inverteram durante o dia, mais um sinal de que uma recessão estará prestes a atingir o país. Isto afetou sobretudo títulos procíclicos, como a banca ou a energia, que também sofreu com a queda do barril de petróleo nos mercados.

O sector energético foi o mais atingido na sessão, com títulos como a Halliburton ou a APA a recuarem 8% e 7,5%, respetivamente, mas os financeiros também registaram um dia negativo. O Bank of America liderou as perdas entre os grandes nomes da banca norte-americana, desvalorizando 1,85%, mas Citigroup, Morgan Stanley e JPMorgan Chase também fecharam no vermelho, embora limitando as suas perdas a menos de 1%. A JPMorgan tem marcado para a próxima semana a divulgação dos resultados no segundo trimestre.

Também o sector da construção e o automóvel sofreram durante o dia com os medos de uma recessão, com a Ford a perder perto de 2% depois de reportar um crescimento das vendas no segundo trimestre aquém do esperado.

Em sentido inverso, o sector tecnológico beneficiou da ligeira descida dos juros, levando os investidores a canalizarem a sua atenção para os grandes títulos da área. A Meta e a Alphabet, empresas-mãe do Facebook e Google, respetivamente, destacaram-se ao subir 4,7% e 4,2%, impulsionando o Nasdaq e tirando do vermelho o S&P 500.

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