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Squid Game: macaquinho do chinês, episódios pirata e máscaras foram usados para roubos online

«Squid Game converteu-se no novo sonho para o cibercrime, não há qualquer dúvida, e era só uma questão de tempo».
  • (Photo by YOUNGKYU PARK/Netflix/AFP via Getty Images)
5 Novembro 2021, 16h44

O sucesso da série coreana Squid Game da Netflix (é a mais vista de sempre desta plataforma) foi e continua a ser usada para esquemas maliciosos online relacionados com trojans e adware.

Este alerta é feito pela Kaspersky, que revela alguns casos em que foi detectada a acção de hackers com o objectivo de roubar dados pessoais e dinheiro a utilizadores que pensavam estar a aceder a conteúdos legítimos.

A empresa de segurança russa fala, em concreto, de três situações ligadas ao interesse despertado por Squid Game: o jogo macaquinho do chinês (green light, red light), o download de episódios pirata e a compra de máscaras iguais aos uniformes usados pelos guardas.

Em relação ao jogo inicial da série, macaquinho do chinês, a Kaspersky diz que havia uma versão disponível na Internet que instalava trojans no sistema operativo; outra versão, mais elaborada, prometia cem criptomoedas Binance (cerca de cinquenta mil euros) ao vencedor.Kaspersky avisa: tudo o que está na moda é atractivo para os hackers
Outro dos esquemas que usava trojans estava relacionado com o download de episódios da série em sites pirata. Neste caso, os trojans podiam «abrir um separador do navegador ou enviar um SMS aos números recebidos a partir do servidor de controlo», diz a Kaspersky.

Finalmente, o interesse por ter um uniforme igual aos dos guardas de Squid Game (macacão vermelho e máscara preta, com uma forma geométrica), levava os fãs a entrar em sites de phishing, onde a suposta compra, com dados de cartão de crédito, por exemplo, levava a que os hackers roubassem dinheiro e dados pessoais.

«Squid Game converteu-se no novo sonho para o cibercrime, não há qualquer dúvida, e era só uma questão de tempo. Como em qualquer outro tema que esteja na moda, os hackers sabem bem o que vai funcionar e o que não vai», conclui Anton V. Ivanov, especialista em segurança da Kaspersky.

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