[weglot_switcher]

Stress e saúde mental lideram preocupações dos trabalhadores portugueses

A nível global, o inquérito da Aon revela que, embora as empresas reconheçam o seu papel na influência da saúde dos seus colaboradores, a maioria não implementa práticas que permitam obter melhores resultados.
16 Maio 2018, 07h07

O stress e a saúde mental são, em Portugal, as principais preocupações que afetam a saúde e o bem-estar dos colaboradores, sendo que a saúde financeira figura em segundo lugar. Esta é uma das principais  conclusões do “Aon EMEA Health Survey” 2018, estudo que visa identificar os principais problemas de saúde que as empresas enfrentam quando desenvolvem estratégias de risco, incluindo oportunidades e desafios.

Neste inquérito da especialista em soluções de risco, reforma e saúde, que abrange mais de 900 empresas na Europa, África e Médio Oriente, de 25 setores e 2,7 milhões de colaboradores, participaram 70 empresas portuguesas, tendo sido possível apurar que o grande desafio para o nosso país passa por “melhorar o ‘engagement’ dos colaboradores”.

O ‘survey’ indica ainda que o ‘budget’ para implementar programas de saúde em Portugal é o principal constrangimento para as empresas, sendo que apenas 14% das empresas analisam ou monitorizam  o resultado da implementação dos seus programas de saúde.

No entanto, salienta o estudo, “as empresas portuguesas estão um passo à frente das suas homólogas na Europa, optimizando da melhor forma o ‘budget’ para programas de saúde e bem-estar, faltando apenas a monotorização com métricas adequadas para maximizar o impacto destes programas”.

Ainda no que concerne à realidade portuguesa, João Dias, especialista em saúde na equipa HR Solutions da Aon Portugal considera que este inquérito bem ainda demonstrar que atrair e reter talento é, atualmente, a principal preocupação dos RH, “e é positivo que tantos empregadores afirmem que reconhecem a correlação entre a saúde dos colaboradores e a sua performance e ‘engagement'”. No entanto, acrescenta, “os dados também revelam que, na realidade, os empregadores precisam de se desafiar para saber se estão a fazer o suficiente para proteger a saúde e o bem-estar dos seus principais ativos”.

“Para que haja uma evolução nos programas de saúde e na percepção dos benefícios pelos colaboradores, é importante agora criar métricas que monitorizem o investimento, mudando as estratégias de comunicação que apoiem melhor os colaboradores”, conclui o especialista.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.