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Subsidiar “exportação para o continente” é fundamental para atrair empresas para a Madeira, sublinha David Caldeira

Trazer gente qualificada, nomeadamente nos setores tradicionais é também, na opinião de David Caldeira, algo em que a Região tem de apostar. “Fico chocado com o nível primário das nossas lojas de artesanato”, referiu o administrador.
  • Cristina Bernardo
5 Abril 2019, 13h34

David Caldeira, administrador do grupo Porto Bay, disse esta sexta-feira, durante o Fórum Económico do Funchal, que é importante subsidiar a “exportação para o continente” para que se criem condições de igualdade entre uma empresa sediada na Madeira e uma que esteja no Continente. Isto seria também uma forma de atrair empresas para se sediarem na Região. “Não tenho qualquer dúvida de que isto é um mecanismo para a Madeira se abrir ao exterior”, sublinha David Caldeira.

Trazer gente qualificada, nomeadamente nos setores tradicionais é também, na opinião de David Caldeira, algo em que a Região tem de apostar. “Fico chocado com o nível primário das nossas lojas de artesanato”, referiu o administrador.

O segredo é reinventar, mesmo nos setores tradicionais, como nas confeções, nos têxteis e calçado, por exemplo através de personalizações, através de “gente qualificada”. O argumento de David Caldeira é que quando se reinventa, dando o exemplo da introdução das tecnologias, os produtos adquirem maior valor económico.

A agricultura é outra área onde o administrador da Porto Bay refere a falta de tecnologia. Contudo, Cristina Pedra, CEO da Gestlider e antiga presidente da ACIF (Câmara do Comércio e Indústria da Madeira), chama a atenção para as particularidades da atividade agrícola na Região, caraterizada pelos poios que tornam muito difícil ou até mesmo impossível a introdução tecnológica, nomeadamente maquinaria.

No campo das indústrias é fundamental, para David Caldeira, que se criem condições de igualdade entre uma empresa sediada na Madeira e uma que esteja no Continente. Para que isto seja possível, o administrador da Porto Bay afirma que era importante a Região subsidiar a “exportação para o continente”. “Não tenho qualquer dúvida de que isto é um mecanismo para a Madeira se abrir ao exterior”, sublinha David Caldeira.

 

 

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