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Suécia vai avançar com pedido formal de adesão à NATO

A Suécia confirmou esta segunda-feira a sua intenção de apresentar uma candidatura formal à NATO, um dia depois de a Finlândia ter dado a conhecer o mesmo objetivo, apesar de Helsínquia aguardar pela decisão do Parlamento.
16 Maio 2022, 14h08

A Suécia confirmou esta segunda-feira a sua intenção de apresentar uma candidatura formal à NATO, um dia depois de a Finlândia ter dado a conhecer o mesmo objetivo.

“Existe uma ampla maioria no parlamento sueco para que a Suécia se junte à NATO”, revelou a primeira-ministra, Magdalena Andersson, em conferência de imprensa, sublinhando que esta decisão “é o melhor para a segurança da Suécia”.

“Vamos informar a NATO de que queremos tornar-nos membros da Aliança”, disse a governante, que se sente “confiante de que há apoio para isto [adesão] entre o povo sueco”.

No domingo, o governo finlandês confirmou igualmente a sua intenção de integrar a Aliança Atlântica, depois de os sociais-democratas no poder terem abandonado a sua oposição de longa data à neutralidade.

Os dois países colocam, assim, um ponto final na tradicional política de não-alinhamento militar desde o fim da segunda guerra mundial, que já motivou uma resposta por parte da Rússia.

“A situação está, evidentemente, a mudar radicalmente à luz do que está a acontecer”, disse na segunda-feira o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, acrescentando que as duas nações “não devem ter ilusões de que nós [Rússia] simplesmente o suportaremos”, avisando que a medida foi “outro erro grave com consequências de longo alcance” e que o “nível geral de tensão militar irá aumentar”.

O presidente da Rússia reagiu à confirmação oficial da intenção de a Suécia e da Finlândia aderirem NATO, avisando os dois países de que a expansão das infraestruturas militares no seu território exigiria uma reação da parte de Moscovo.

As declarações foram proferidas durante uma cimeira da Organização do Tratado de Cooperação e Segurança (CSTO), liderado pela Rússia, que decorreu esta segunda-feira em Moscovo.

Vladimir Putin afirmou que, apesar de não ter qualquer problema com Estocolmo ou com Helsínquia, a expansão da NATO constitui um problema para a Moscovo, pelo que está atento aos “planos da aliança militar liderada pelos EUA para aumentar a sua influência global”.

 

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