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Tancos. Além de Azeredo Lopes, responsável do laboratório da PJ Militar constituído arguido

Neste momento o processo conta com 23 arguidos, entre os quais o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luis vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brasão.
5 Julho 2019, 13h40

Além do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, houve uma segunda pessoa a ser constituída arguida no âmbito do processo-crime sobre Tancos, confirmou a Procuradoria Geral da República (PGR) esta sexta-feira, ao Jornal Económico, que já tinha questionado a PGR na quinta-feira sobre a possibilidade de o antigo ministro ser constituído arguido. A PGR revelou ter sido constituído arguido uma segunda pessoa, mas sem identidade.

O JE apurou que se trata do responsável pelo laboratório da Polícia Judiciária Militar (PJM).

Uma nota da PGR refere que, no inquérito que tem por objeto “o furto aos paióis de Tancos e o achamento do material furtado”, foram “constituídos e submetidos a interrogatório judicial dois arguidos”, na quinta-feira.

O antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes ficou sujeito à proibição de contactos, enquanto o outro arguido, o responsável pelo laboratório da PJM está suspenso de funções e proibido de contactos.

Ambos foram presentes a um juiz de instrução criminal na qualidade de arguido como alegado co-autor dos crimes de denegação de justiça e de prevaricação no caso de Tancos.

Neste momento o processo conta com 23 arguidos, entre os quais o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luis vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brasão.

Azeredo Lopes ficou proibido, pelo juiz, de contactar com os restantes arguidos do processo e também com o seu antigo chefe de gabinete, general Martins Pereira, com o ex-chefe de Estado Maior do Exército (CEME) general Rovisco Duarte e ainda com o ex-chefe de gabinete do CEME, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

O processo-crime sobre Tancos tem na base suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento, tendo a PJ detido, a 25 de setembro de 2018, nove pessoas, das quais oito militares do exército e da GNR.

O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 e a 18 de outubro do mesmo ano a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições, algum já recuperado.

[Com Lusa]

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