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Taxa de desemprego mantém-se inalterada em 6,7% no primeiro trimestre

A população desempregada é estimada em 348,1 mil pessoas no primeiro trimestre. A taxa de desemprego mantém-se inalterada face ao trimestre anterior e cai uma décima na comparação homóloga.
6 Maio 2020, 11h45

A taxa de desemprego fixou-se em 6,7% no primeiro trimestre, mantendo-se inalterado face ao último trimestre do ano passado e subindo apenas uma décima na comparação homóloga, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Os dados ainda não refletem o forte impacto da pandemia, uma vez que são referentes apenas aos três primeiros meses do ano. No entanto, o organismo de estatística explica que a informação divulgada hoje já é “parcialmente influenciada pela situação atual determinada pela pandemia Covid-19”, quer pela “natural perturbação associada ao impacto da pandemia na obtenção de informação primária”, quer “pelas alterações comportamentais decorrentes das medidas de salvaguarda da saúde pública adotadas”, refere.

A população desempregada é estimada em 348,1 mil pessoas no primeiro trimestre, tendo diminuído 1,2%, ou 4,3mil pessoas, em relação ao trimestre anterior. Na comparação homóloga, a população desempregada diminuiu 1,6%, ou 5,5 mil pessoas, “retomando a sequência de decréscimos observados desde o terceiro trimestre”.

A taxa de desemprego dos homens que se fixou-se em 6,1%, aumentou 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, sendo inferior à das mulheres (7,2%), que diminuiu diminuiu 0,3 p.p..

Já a taxa de desemprego de jovens foi 19,7%, um valor superior em 0,2p.p. ao do quarto trimestre de 2019.

Relativamente à proporção de desempregados à procura de emprego há 12 ou mais meses, considerados os desempregados de longa duração, esta foi 43,8%, valor inferior em 3,9 p.p. ao do trimestre anterior.

O INE realça, no entanto, que as medidas de contenção e o Estado de Emergência “terão apenas tido impacto em duas das 13 semanas do trimestre”, pelo que “é normal que os seus efeitos se tenham diluído e não sejam ainda evidentes”.

“Consequentemente, pessoas anteriormente classificadas como desempregadas e pessoas que efetivamente perderam o seu emprego devido à pandemia Covid-19, e que em circunstâncias normais seriam classificadas como desempregadas, podem agora ser classificadas como inativas, devido às restrições à mobilidade, à redução ou mesmo à interrupção dos canais normais de informação sobre ofertas de trabalho em consequência do encerramento parcial ou mesmo total de uma proporção muito significativa de empresas, razões pelas quais não fizeram uma procura ativa de emprego”, salienta.

Segundo as estimativas da Comissão Europeia, a taxa de desemprego deverá subir para perto de 9,5% este ano, enquanto o Fundo Monetário Internacional projecta 13,9%.

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