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Tempo de espera no aeroporto de Lisboa volta a exceder as três horas

O SEF nega qualquer aumento no tempo de espera no aeroporto, mas nota que “ao longo dos últimos três anos houve um aumento muito significativo de passageiros em todos os aeroportos com ligações internacionais e em especial no aeroporto de Lisboa”.
  • Cristina Bernardo
12 Dezembro 2017, 08h51

Nas últimas semanas, o tempo de espera no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, voltou a disparar, tendo sido registados casos de espera de mais de três horas. A justificar a “degradação” do controlo de passaportes está a saída de 45 inspetores estagiários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), avança o jornal “Diário de Notícias”.

“Tem-se assistido a uma degradação do serviço prestado pelo SEF, conduzindo a tempos de espera nas chegadas extremamente elevados”, afirma fonte do Aeroporto Humberto Delgado ao DN, dando conta de que houve dias, como a 6 de dezembro, “no qual houve casos em que as três horas de espera foram ultrapassadas”.

O SEF nega qualquer aumento no tempo de espera no aeroporto, mas nota que “ao longo dos últimos três anos houve um aumento muito significativo de passageiros em todos os aeroportos com ligações internacionais e em especial no aeroporto de Lisboa”. Os números da ANA – Aeroportos de Portugal, noticiados pelo DN, indicam que o número de passageiros controlados aumentou 32% este ano, face a 2016.

A contribuir para o aumento do tempo de espera está também o facto de os 45 inspetores estagiários destacados pelo SEF para apoiar a fiscalização durante os meses de verão terem sido retirados em outubro, para concluírem o curso. Neste momento estão de serviço 160 inspetores no aeroporto, menos 70 do que no verão. O SEF já abriu, entretanto, um concurso interno para contratar mais 45 estagiários.

O presidente do SEF, Acácio Pereira, sublinha, no entanto, que são necessárias algumas “alterações estruturais”. “Por um lado, pela criação de um espaço próprio para o controlo de passaportes dos voos de origens de risco, que demoram sempre mais tempo, evitando que acumulassem com outros voos e, por outro lado, pela não acumulação de voos num curto período de tempo, como acontece de manhã com as chegadas dos EUA, da China e do Canadá, entre outros de longa distância de países fora da União Europeia”.

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