A galeria lisboeta Movart apresenta a série de trabalhos fotográficos que o artista sul-africano David Brits levou a cabo entre 2010 e 2012, assim como um conjunto de novas esculturas feitas de fibra de carbono, “Time is a Flat Circle”, que invocam a batalha de Cuito Cuanavale, que envolveu tanques de grande escala, ocorrida no sul de Angola entre forças angolanas, cubanas e sul-africanas, entre 1987 e 1988.
E qual foi o ponto de partida de Brits para esta “incursão fotográfica”? Um arquivo de imagens publicadas nas redes sociais de grupos de ex-recrutas sul-africanos, muitos dos quais lutaram na batalha sul-africana que ficou conhecida como “Border War” na Namíbia e no Sul de Angola dos anos 1960 aos anos 1980. De seguida, propôs-se intervir nessas mesmas imagens raspando, rasurando e apagando, de forma a poder introduzir camadas de complexidade, como a sua própria masculinidade e a história herdada de uma África do Sul pós-apartheid.
Breve apontamento biográfico
Nascido em 1987, David Brits formou-se em pintura pela Escola Michaelis de Belas Artes, na Universidade da Cidade do Cabo, em 2010. A sua prática experimental foca-se em investigações no âmbito da escultura à escala pública, a par da exploração de materiais e investigação arquivística. As principais comissões de escultura pública recentes incluem a Fundação Desmond Tutu HIV, o Spier Arts Trust e a Iziko South African National Gallery. Vencedor do Prémio de Artes de Impacto Social inaugural da Fundação Rupert, Brits arrecadou também o Prémio Barbara Fairhead para a Responsabilidade Social na Arte.
“Time is a Flat Circle” está patente na galeria Movart de 15 de setembro a 15 de novembro.
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