Qualquer dúvida que pudesse subsistir foi desfeita por António Costa na entrevista intimista que concedeu na segunda-feira à CNN Portugal, permitindo apreciar a concentração de objetos de design nacional no gabinete que pretende continuar a ocupar na residência oficial do primeiro-ministro. O secretário-geral do PS, favorito à vitória nas legislativas de 30 de janeiro segundo todas as sondagens até hoje divulgadas, esclareceu que pretende uma maioria de “metade mais um” dos 230 deputados da Assembleia da República.
Mesmo sem utilizar a palavra “absoluta”, até hoje só alcançada por José Sócrates entre os socialistas, e ultimamente substituída por sinónimos mais discretos, como o “robusta” muito típico da novilíngua pandémica, Costa referiu-se ao número que tem sido o elefante no canto do hemiciclo: 116 é a fasquia que tanto ele como Rui Rio, a quem elevou a único outro “candidato a primeiro-ministro” precisam de transpor. Não por qualquer meio necessário, pois tanto ele como o reeleito líder social-democrata traçaram um emaranhado de alegadas linhas vermelhas que excluem várias soluções governativas, mas talvez com outros protagonistas à frente dos seus partidos.
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