[weglot_switcher]

Pharol afunda 7% e mantém bolsa nacional em terreno negativo

O principal índice nacional, PSI 20, partilha o sentimento negativo das praças europeias, ao cair ligeiramente,. A Pharol é a cotada que mais perde esta quinta-feira, ao tombar 7,67% para os 0,265 euros.
  • Brendan McDermid/Reuters
14 Dezembro 2017, 09h59

A bolsa portuguesa abriu a negociar com perdas esta quinta-feira e mantém essa tendência negativa, a partilhar o sentimento negativo das praças europeias. O principal índice português, PSI 20, segue a cair 0,03%, para 5.391,43 pontos, com a Pharol e os CTT a manterem a bolsa nacional no vermelho.

A Pharol é a cotada que mais perde esta quinta-feira, ao tombar 7,67% para os 0,265 euros. Paulo Rosa, trader da Gobulling – Banco da Carregosa, explica que a cotada “continua ainda a ser penalizada pela nova reestruturação da operadora brasileira Oi, da qual a Pharol é a maior acionista”. O trader lembra que o novo plano apresentado “vai permitir uma conversão da dívida até 75% do capital da empresa brasileira, o que pode levar a uma redução da participação acionista”.

A cotada é seguida de perto pelos CTT. Paulo Rosa sustenta que a empresa de Francisco de Lacerda está a aliviar dos fortes ganhos das últimas sessões, depois de ter estado a subir quase 5%.

A cair estão também os títulos da Semapa (-0,17%), REN (-0,08%), a Galp Energia (-0,38%), a Altri (-0,42%), a Navigator (-0,12%) e a NOS (-0,07%).

Em contraciclo, destaca-se a Sonae, que “beneficia ainda da recomendação de compra dada pela JB Capital Markets”. A cotada soma 0,70% para os 1,149 euros. Ainda no setor do retalho, a Jerónimo Martins valoriza 0,22% para os 16,210 euros.

No setor da energia, a EDP sobe 0,34% para os 2,940 euros e a EDP Renováveis avança 0,09% para os 6,628 euros. Paulo Rosa nota que a impulsionar os ganhos da EDP Renováveis está o facto de a cotada ter vencido um leilão para a entrega de 284,4 MW de capacidade eólica offshore, no Canadá, a partir de dezembro de 2019, segundo um comunicado hoje divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A somar está também o BCP, que ganha 0,12% para os 0,260 euros.

Nas praças europeias, o alemão DAX perde 0,24%, o francês CAC 40 recua 0,24%, o holandês AEX resvala 0,19%, o britânico FTSE 100 cai 0,26%. Em sentido contrário, o espanhol IBEX 35 soma 0,07% e o italiano FTSE MIB valoriza 0,12%.

Paulo Rosa explica que as bolsas europeias aguardam com expectativa a reunião do Banco Central Europeu (BCE) e o discurso do presidente da instituição, Mario Draghi, onde se prevê que sejam dadas novas pistas sobre as taxas de juros e o quantitative easing. As previsões apontam para que o regulador europeu não mexa na taxa diretora de juros e esta se mantenha em 0%.

Também no Reino Unido, a política monetário será o foco do dia de hoje. O trader da Gobulling – Banco da Carregosa chama à atenção para a reunião do Banco de Inglaterra. A expetativa é de que o regulador britânico mantenha a taxa diretora de juros em 0,5%, depois de em outubro a ter subido pela primeira vez em mais de dez anos, de 0,25% para 0,5%.

Os mercados europeus refletem também a subida da taxa diretora de juros nos Estados Unidos anunciada esta quarta-feira. A Reserva Federal dos Estados (Fed) subiu as federal funds rate para um intervalo entre 1,25 e 1,5%. Esta foi o terceiro aumento este ano e quinto desde 2015, justificado pelas condições do mercado de trabalho e pela inflação. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado.

Esta quinta-feira há também dados importantes do outro lado do oceano. Os analistas aguardam o relatório do emprego e os números das vendas de retalho. No caso dos dados do retalho, que são um dos dados mais importantes no país, se forem positivos resultarão numa “valorização do dólar face ao euro, tendo em conta que apontam para uma economia mais sólida e forte”, esclarece Paulo Rosa.

No mercado petrolífero, o brent sobe 0,70% para os 62,88 dólares por barril e o crude WTI valoriza 0,35% para os 56,80 dólares.

No mercado cambial, o euro recua 0,10%, para 1,181 dólares, e a libra soma 0,19%, para 1,344 dólares.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.