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Toyno já exporta para todo o mundo

Quatro anos depois do início do projeto, a empresa portuguesa prepara-se para dar um passo determinante na estratégia de crescimento: em novembro começa com a produção própria, depois do investimento do empresário e tubarão Tim Vieira. É como se respirasse um oxigénio vindo de uma lufada de ar fresco. A Toyno precisava de crescer mas, […]
16 Novembro 2015, 19h22

Quatro anos depois do início do projeto, a empresa portuguesa prepara-se para dar um passo determinante na estratégia de crescimento: em novembro começa com a produção própria, depois do investimento do empresário e tubarão Tim Vieira.

É como se respirasse um oxigénio vindo de uma lufada de ar fresco. A Toyno precisava de crescer mas, para que isso acontecesse, era preciso dar o salto, ou melhor, pôr a máquina funcionar. Criada em 2010, a empresa que conta com quatro sócios – Joana Brígido, Rui Quinta, João Remondes e a Brave Generation, da qual Tim Vieira é CEO – prepara-se para começar em novembro uma nova fase de crescimento. Para isso comprou uma máquina que vai permitir à empresa ter produção própria, produzir com custos menores e, com isso, negociar melhores margens com distribuidores do mundo inteiro. Mas comecemos pelo princípio.

Quando Rui e Joana criaram a Toyno, em 2011, a ideia era trabalharem em design de produto de uma forma divertida. Na verdade, a Toyno surgiu de uma brincadeira: Joana queria criar qualquer coisa para dar ao sobrinho. Desse brainstorming nasceu o Donko, um burro feito de cartão que serve de estante para guardar livros e papelada. Seguiram-se o Nillo – um crocodilo, o Ello – um elefante – e muitos mais, incluindo um manjerico de cartão verde que a Toyno vende todo o ano mas que tem especial sucesso por altura dos Santos Populares.

Só que, cinco anos depois do início, a Toyno é muito mais do que a empresa de design que cria bonecos de cartão que funcionam como uma espécie de pequena estante. Em 2013, a empresa foi convidada para concorrer ao projeto que pretendia repensar a marca e o conceito do Pavilhão do Conhecimento e Ciência Viva. A altura coincidiu com a integração do terceiro sócio, João Remondes, na empresa. Ganharam o projeto e, pouco tempo depois, ficou também a cargo da Toyno a organização da exposição Doing, que deu um impulso extra à empresa e serviu para mais um passo: formalizá-la. “A Toyno sempre teve a ambição de ser muito mais do que um empresa de produto. De passar para uma escala mais alargada, de extravasar esse design para um ambiente muito maior. Começámos com produto, passámos para espaço, depois análise de marca. Agora até analisamos marcas, que é uma coisa que nunca nos passou pela cabeça”, ”, conta João Remondes à Startup Mag.

No início deste ano, a Toyno começou à procura de investidor: precisava de crescer e, para isso, precisava de dinheiro. Quiseram os contactos da equipa que o projeto fosse apresentado, via pitch, à Brave Generation, empresa do tubarão Tim Vieira. A entrada do novo sócio possibilitou, além de mais trabalho para clientes maiores, a possibilidade de a Toyno conseguir comprar a própria máquina de produção.

“Era uma coisa com a qual não contávamos, aconteceu num curto espaço de tempo e isso vai abrir-nos  imensas portas e ajudar-nos a crescer. Estamos numa fase em que as necessidades se prendem com os distribuidores, precisamos deles, e esse é o árduo trabalho. Estamos a crescer, a fazer novos produtos, em quantidades que, até aqui, tinham que ser reduzidas. A produção própria vai mudar a maneira como fazemos as coisas e, aumentando as margens, fazer com que os produtos sejam mais apelativos para os distribuidores”, detalha Joana Brígido. A crescer cerca de 80% este ano face a 2014, ainda este ano a Toyno deve começar a negociar diretamente com os distribuidores a nível mundial e fazer com que o preço de produção tenha um peso menor no custo final de cada produto. “O grande desafio é conseguir gerar este buzz ao longo do tempo e fazer crescer a Toyno sem nos tornarmos uma fábrica. A máquina chega em novembro. Foi desenhada por nós, abaixo dos 50 mil euros e comprada com ajuda dos investidores”. O próximo objetivo passa por desenvolver produtos mais temporais, de edição limitada – colecionáveis – que trarão mais dinâmica às coleções criadas. Outro é alugar a máquina – e rentabilizar o investimento – nos momentos de menor produção. A Toyno exporta para todo o mundo: o grande mercado de venda direta online é o italiano, sendo 42% das vendas para fora de Portugal. Índia, Coreia, Tailândia, Brasil, Inglaterra e Espanha são alguns dos mercados que mais contribuíram para uma faturação anual esperada de mais de 30 mil euros em 2015. “Somos uma empresa que se diverte a criar produtos e espaços. Mesmo quando as coisas são difíceis nós conseguimos dar a volta e criar qualquer coisa. O que nos distingue dos outros é que nos divertimos imenso a fazê-lo. Não temos medo de muita coisa”.

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