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Toyota anuncia corte de 40% na produção global devido à escassez de “chips”

A notícia surpreendeu os investidores que tinham sido informados que a produção da gigante japonesa não iria ser afetada devido à escassez de “chips”. Corte de 40% resultará na produção de menos 540 mil veículos.
19 Agosto 2021, 10h57

A construtora japonesa deverá avançar com um corte de 40% na produção global durante o mês de setembro, fazendo desta a mais recente gigante no sector a ver a sua operação condicionada devido à escassez crítica de semicondutores.

Embora tenha conseguido acumular um stock de “chips” considerável após o terremoto de 2011 e o desastre nuclear de Fukushima, a Toyota não conseguiu resistir à pressão que o aumento de casos de Covid-19 por causa da variante Delta teve sobre a produção de “chips”  em países como a Tailândia e o Vietname. Em ambos os países, foram detetados surtos que obrigaram à paralisação das operações.

Os investidores foram surpreendidos pela notícia, levando à forte quebra das ações. Atualmente, a marca japonesa derrapa mais de 4% para 9,295 ienes na praça de Tóquio — isto porque a Toyota tinha vindo nos últimos meses a garantir que as suas operações não estavam a ser penalizadas, de forma significativa, pela crise dos “chips”.

De acordo com a notícia avançada pela “Reuters”, esta quinta-feira, fonte da empresa explicou que os cortes de setembro vão abranger 15 fábricas no Japão no estrangeiro e que o corte de 40% naquele mês poderá resultar na produção de cerca de 360 mil veículos. Estava previsto serem produzidos cerca de 900 mil carros, uma previsão feita há cerca de um mês, em julho, avança o jornal japonês “Nikkei”.

Fonte da gigante também revelou à “Reuters” que a Toyota também suspendeu a produção de uma linha de montagem em Guangzhou, na China, que opera com o parceiro de joint venture chinês Guangzhou Automobile Group.

A notícia surge dias depois da concorrente alemã do grupo Volkswagen ter anunciado que também terá que recorrer a um corte na produção de automóveis neste novo trimestre devido devido ao escasso fornecimento de componentes eletrónicos, fundamentais para a produção de novos modelos, sendo que também aponta a dificuldade da própria indústria em encontrar uma solução para este problema.

Tal como a Volswagen, também a Volvo confirmou, na passada quarta-feira, que vai suspender durante uma semana a produção de carros nas fábricas que tem em Gotemburgo, na Suécia. General Motors, Subaru, Tesla, Renault e Stellantis também deverão anunciar um abrandamento na produção de carros.

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