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Tráfego na rede da Brisa caiu 10,9% até março face ao período homólogo

Esta quebra é tanto mais significativa quanto o tráfego médio diário da BCR registou crescimentos, não revelados pela concessionária, nos meses de janeiro e de fevereiro face aos primeiros dois meses do ano passado. 
22 Abril 2020, 17h16

O tráfego médio diário da rede principal da Brisa, gerida pela BCR – Brisa Concessão Rodoviária registou uma quebra de 10,9% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo do ano passado, sendo esta evolução já resultado do impacto negativo da pandemia de Covid-19 e das medidas restritivas de circulação impostas pelo Estado de Emergência decretado em Portugal a partir de 18 de março passado.

Segundo um comunicado enviado há minutos pela BCR à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o tráfego médio diário nesta concessionária de autoestradas pertencente ao Grupo José de Mello e ao fundo de investimento Arcus cifrou-se em 16.049 veículos nos primeiros três meses deste ano, valor que compara com 18.123 verificados no primeiro trimestre do ano passado.

Esta quebra é tanto mais significativa quanto o tráfego médio diário da BCR registou crescimentos, não revelados pela concessionária, nos meses de janeiro e de fevereiro face aos primeiros dois meses do ano passado.

O grande impacto da Covid-19 no tráfego da BCR fez-se sentir essencialmente a partir de 18 de março, data em que entrou em vigor o Estado de Emergência em Portugal.

Neste período, a quebra de tráfego fez-se sentir mais no que respeita aos veículos ligeiros, com um recuo de 12,6% face ao primeiro trimestre de 2019, enquanto o tráfego de veículos pesados regrediu apenas 2%.

“janeiro e fevereiro foram meses positivos para o crescimento do tráfego, mas março foi bastante afetado pela pandemia do Covid-19. O Estado português declarou ‘Estado de Emergência’ a 18 de março, restringindo
fortemente a mobilidade das pessoas” assinala o relatório de tráfego da BCR.

O mesmo documento da concessionária assinala que a Covid-19 “afetou toda a dinâmica de mobilidade no país, contribuindo para quedas de tráfego no primeiro trimestre de 2020 em todas as autoestradas da BCR”.

Mesmo assim, no primeiro trimestre deste ano, no conjunto da rede da BCR, a autoestrada que registou uma maior quebra de tráfego percentual foi a A5, entre Lisboa e Cascais, com uma descida de 13,8% face ao período homólogo, para 61.186 veículos.

As quebras de tráfego foram generalizadas a todas as autoestradas da BCR, com destaque para a A1, que ainda vale 46% do tráfego total, com uma queda de 12,4%, e para a A2, com um recuo de 11,7%.

Também a A3, com menos 12,7%, e a A4, com menos 11,3%, contribuíram para a quebra geral de tráfego

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