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‘Tribunal’ do Livre vai investigar caso Joacine Katar Moreira

Este órgão pode propor uma “atuação disciplinar, se for caso disso” na abstenção de votação da deputada. Advogado Ricardo Sá Fernandes, membro do partido, vai ser o relator do parecer da comissão de ética do partido.
28 Novembro 2019, 15h06

A Comissão de Ética e Arbitragem do Livre vai analisar o caso Joacine: a abstenção da deputada numa votação sobre o ataque de Israel a Faixa de Gaza na passada semana no Parlamento.

Este órgão poderá propor à direção do Livre uma “atuação disciplinar, se for caso disso”, segundo comunicado Conselho de Jurisdição (CJ) deste partido. O membro do partido, e advogado, Ricardo Sá Fernandes, vai ser o relator deste parecer.

Esta comissão vai elaborar um parecer tendo em vista “apurar os factos subjacentes ao conflito entre o Grupo de Contacto e deputada do Livre e o seu Gabinete”.

Depois, “esclarecer, à luz dos factos em causa, as dúvidas existentes quanto à forma de estabelecer o adequado relacionamento entre os órgãos do partido e os seus eleitos para cargos políticos”.

A Comissão de Ética vai depois “propor soluções para os problemas suscitados”, e “propor atuação disciplinar, se for caso disso”. Este parecer deve ser apresentado no prazo de oito dias.

A polémica teve início no dia 23 de novembro quando o grupo de contacto do Livre, a direção do partido que conta com 15 membros, divulga um comunicado a criticar a abstenção da deputada Joacine Katar Moreira na votação  – “condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da Administração Trump sobre os colonatos israelitas”.

A deputada veio depois a público dizer que não conseguiu contactar com o grupo de contacto do partido para saber o sentido de voto. Por sua vez, a direção do Livre argumentou que também não conseguiu entrar em contacto com o Livre.

A assembleia do Livre reuniu-se depois a 24 de novembro, onde emitiu um comunicado a assumir as “dificuldades de comunicação” entre direção e deputada, garantindo que os dois lados estavam a “trabalhar em conjunto para as resolver”.

A polémica agudizou esta semana quando o Público avançou que o partido falhou a entrega do seu projeto sobre a lei da nacionalidade, uma das bandeiras eleitorais do partido de esquerda.

Toda a polémica escalou quando o assessor da deputada, Rafael Esteves Martins, chamou um membro da GNR para tentar impedir que os jornalistas no Parlamento colocassem questões à deputada sobre a falha no prazo.

https://jornaleconomico.pt/noticias/joacine-escoltada-por-seguranca-dentro-do-parlamento-518756

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