O Tribunal Distrital de Tel Aviv suspendeu a venda de um kit supostamente usado para tatuar pessoas no campo de concentração de Auschwitz por suspeitar que provavelmente foi feito depois da Segunda Guerra Mundial.
O conjunto de selos estava a ser vendido por um leiloeiro de Jerusalém em novembro quando, em novembro, a pedido de sobreviventes do Holocausto, o tribunal suspendeu a compra e pediu ao Memorial do Holocausto Yad Vashem que o investigasse.
Agora, de acordo com o relatório a que a “BBC” teve acesso, sabe-se que o folheto que acompanhava o kit foi impresso em 1949 e que a maioria das vítimas tatuadas com esses selos no campo não eram judeus.
Quando os colocou à venda no ano passado, o leiloeiro Meir Tzolman descreveu o conjunto de 14 selos, feitos de agulhas de aço dispostas em forma de números, e o manual de instruções do fabricante Aesculap, como “o item mais chocante do Holocausto”.
Na altura, afirmou que o kit foi usado para tatuar prisioneiros judeus em Auschwitz, e que era um dos três únicos conhecidos.
O Yad Vashem considerou o leilão “moralmente inaceitável”, enquanto as Organizações do Centro de Sobreviventes do Holocausto em Israel declararam que “um item tão maligno não pode ter um dono”.
De acordo com o relatório que viu agora a luz do dia, os selos só foram usados em Auschwitz entre o final de 1941 e meados de 1942, e que a esmagadora maioria das vítimas tatuadas com eles eram prisioneiros políticos não judeus ou tropas capturadas.
O documento diz que, na ausência de provas claras e definitivas, não há razão para supor que o kit para venda foi usado durante a Segunda Guerra Mundial.
“Embora isso não possa ser determinado com absoluta certeza, parece altamente provável que os selos não tenham sido usados para tatuar judeus”, conclui.
A “BBC” escreve que não houve comentários imediatos de Tzolman sobre o relatório, que deveria ser apresentado ao tribunal esta quinta-feira.
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