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Trump cumpre promessa e abandona cargos em mais de 400 empresas

O Presidente dos Estados Unidos demitiu-se de vários cargos no dia antes da tomada de posse, mas o Departamento de Ética continua a ter questões.
24 Janeiro 2017, 12h44

Depois de todas as críticas sobre um possível conflito de interesses entre os negócios de Trump e a presidência norte-americana, Donald Trump deixou mais de 400 empresas onde desempenhava funções. A demissão de cargos como gestor ou conselheiro foi tornada efetiva no dia anterior à tomada de possa e foi agora tornada pública pelo próprio Presidente numa carta enviada à CNN.

De acordo com a carta de 19 páginas, Donald Trump demitiu-se de mais de 400 empresas, sendo que os cargos passaram para os filhos Eric e Donald Jr. Trump. Os dois filhos terão “plenos poderes” para gerir as participações do pai através de um fundo de gestão, segundo declarações do diretor de comunicação da Casa Branca, Sean Spicer.

A decisão já foi, porém, questionada pelo Departamento de Ética. Presidentes e governantes norte-americanos são obrigados pela lei do país a entregar a gestão dos negócios próprios a um ‘fundo cego’. A ideia é que este fundo seja liderado por investidores ou empresários independentes para que não tenham benefício ou prejuízo com as decisões presidenciais.

Sendo os próprios filhos do Presidente dos Estados Unidos a gerir as empresas, o Departamento de Ética receia que seja Donald Trump a tomar decisões em segredo e questiona a isenção de Eric e Donald Jr.

Entre o fim do ano passado e o início de janeiro, a Organização Trump tinha já cancelado as negociações sobre projetos a realizar no Brasil, Argentina, Índia, Azerbaijão e Geórgia. A questão de o Presidente dos EUA ser detentor de ações em 500 empresas de 20 países diferentes tem estado envolta em polémica apesar das declarações de Trump logo a seguir às eleições: “Eu não quero saber da minha empresa”, disse.

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