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Trump dificulta também entrada de brasileiros nos EUA

Para os argentinos vai também ser mais difícil a obtenção e a renovação do visto para a entrada nos Estados Unidos.
1 Fevereiro 2017, 17h22

“Ato do Executivo para proteger a nação contra a entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos”, é assim que se chama o decreto assinado por Donald J. Trump, publicado nos sites das embaixadas do Brasil e da Argentina.

Uma das alterações impostas pelo ato executivo é a introdução de entrevistas presenciais aos candidatos à renovação de visto, de forma a “identificar fraudes e intenções maliciosas”.

Brasileiros que pedissem renovação de visto 48 meses depois de caducar não precisavam de realizar entrevistas. Agora, apenas os vistos caducados há 12 meses estão isentos do processo de entrevista. A informação foi avançada pelos jornais brasileiros.

Também as regras para a isenção da entrevista no primeiro pedido de visto mudaram. Apenas crianças até aos 14 anos ou idosos com mais de 79 anos estão livres do processo. Anteriormente menores de 15 anos e idosos acima de 66 anos que pediam o visto pela primeira não precisavam de ir ao Consulado realizar a entrevista pessoalmente.

Segundo o ato executivo, estas medidas têm o intuito de “vigilância e precaução” na concessão de vistos. O Presidente norte-americano argumenta que “inúmeros indivíduos estrangeiros foram condenados ou estavam envolvidos em crimes relacionados ao terrorismo, desde 11 de setembro de 2001”.

“Os Estados Unidos devem manter-se vigilantes durante o processo de emissão de vistos a fim de garantir que os aprovados para admissão não pretendam prejudicar os americanos e não tenham nenhuma ligação com o terrorismo”, lê-se no comunicado.

O programa de entrevistas vai ser lideradas pelo diretor do FBI, pelo secretário de Estado, pelo secretário de Segurança Interna e pelo diretor dos Serviços Secretos, “para identificar os indivíduos que procuram entrar nos Estados Unidos de forma fraudulenta com a intenção de causar danos ou que representem risco de causar danos subsequentemente à sua admissão”.

Segundo o jornal brasileiro Folha de S. Paulo, em 2016 foram recusados 15% de vistos a brasileiros, em relação a 5,36% em 2015.

A ordem executiva assinada no dia 27 de janeiro impede também a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos: Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémene na terra do “Tio Sam”. A medida originou grande contestação em todo o mundo, levando milhares de pessoas às ruas em forma de protesto.

 

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