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Trump ‘limpa’ Senado e Câmara dos Representantes

Democratas conseguiram melhores resultados que aqueles que tinham, mas não foram suficientes. Senado e presidência estão agora alinhados, o que já não acontecia desde 2014.
  • Mike Segar/Reuters
9 Novembro 2016, 10h04

As últimas sondagens davam uma vitória dos Republicanos no Senado norte-americano, o que fazia prever uma vida difícil para o próximo presidente – que, tal como sucedeu a Barack Obama desde 2014, teria que rodear o bloqueio daquela estrutura contra as suas políticas. Afinal, a votação veio desmentir as sondagens: os republicanos ganharam o Senado, como estava previsto, mas também ganharam a presidência da república – pelo que não se confirma a existência de qualquer bloqueio entre as duas partes.

Os republicanos conseguiram 51 lugares, contra apenas 47 dos democratas. A diferença atenuou-se – no elenco anterior, o ‘gap’ era de dez lugares – mas o certo é que os republicanos mantêm uma maioria que serviu, nos últimos dois anos, para bloquear parte das decisões políticas que o presidente Obama entendia querer tomar. Uma delas, talvez a mais mediática, teve a ver com o apertar do controlo da venda livre de armas no país; o Senado nunca esteve de acordo com esse controlo – pesem embora os massacres que sazonalmente vão ensombrado as notícias vindas da América profunda – e as leis democratas nunca chegaram a tomar forma. Agora, e pelo menos nessa matéria, deixou de haver um problema: o novo presidente e a maioria republicana naquela câmara estão alinhados.

A candidatura de Trump também ganhou a Câmara dos Representantes, com uma clara maioria de 236 representantes, contra 191 da democrata Hilary Clinton. Os 435 lugares desta câmara ‘baixa’ ainda não estão todos preenchidos – pelo menos, os ‘media’ norte-americanos ainda não têm essa informação – mas a candidatura de Trump já conseguiu mais de metade dos lugares, mais precisamente 236. Hilary volta a ficar em segundo lugar, com 191. Previsivelmente, na Câmara dos Representantes, sucede o mesmo que no Senado: os democratas conseguem aproximar-se dos republicanos, mas continuam a ser a segundo força do país.

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