O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, declarou que o “sim” venceu o referendo de hoje à alteração do sistema político, tornando-o presidencialista.
Os últimos resultados divulgados davam ao “sim” 51,3%, contra 48,7% do “não”, quando estão contados cerca de 99% dos votos, segundo informação da agência de notícias estatal turca Anadolu.
O “não” venceu nas três principais cidades do país: Istambul, a maior cidade da Turquia, Ancara e Esmirna, mas não foi suficiente para se impor a nível nacional.
Os resultados já foram contestados pelo CHP, social-democrata, principal partido da oposição, que criticou a decisão da Comissão Eleitoral de aceitar os boletins de voto que não possuíam o seu carimbo oficial.
Com a reforma constitucional proposta pelo presidente da Turquia, o cargo de primeiro-ministro é eliminado e os seus poderes são transferidos para o chefe de Estado, que passa a ter um mandato de cinco anos, mais um do que agora.
Erdogan passa a ter poder executivo, nomeando ministros, podendo escolher vice-presidentes e assinando decretos.
Terá, também, uma interferência direta no sistema judicial, escolhendo juízes.
Estes resultados confirmam o que indicavam as sondagens antes da votação, que mostravam um país partido ao meio, com o “sim” e o “não” ao novo sistema presidencialista praticamente empatados, em certos casos com apenas meio ponto de diferença.
Os opositores de Erdogam receiam que a vitória do “sim” no referendo seja apenas mais um passo para o avanço de um regime autocrático do atual presidente.
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