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Turquia veta entrada da Suécia e da Finlândia na NATO

“A NATO é uma aliança de segurança e não podemos aceitar que terroristas façam parte dela”, frisou o presidente Tayyip Erdogan. Aliados já sabem da sua decisão e acreditam que pode haver solução para esta “divergência”.
19 Maio 2022, 15h16

A Turquia vai rejeitar as propostas de adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. O presidente Tayyip Erdogan já informou os aliados da sua intenção, partilhou o próprio no Twitter esta quinta-feira, e estes já endereçaram a questão: há que conversar e endereçar a divergência.

“Continuaremos a nossa política de maneira determinada. Dissemos aos aliados que diremos não à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO”, disse Erdogan numa conferência com estudantes na quarta-feira, divulgada em vídeo hoje nas redes sociais.

O presidente turco afirmou que os países em questão abrigam e financiam “terroristas” e fornecem-lhes armas, uma acusação já realizada anteriormente por Ancara, que considera terroristas o grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o YPG curdo sírio.

“A NATO é uma aliança de segurança e não podemos aceitar que terroristas façam parte dela”, frisou.

De acordo com a “Reuters”, a decisão dos países até agora neutrais ganhou força com a invasão da Ucrânia pela Rússia, e a da Turquia apanhou desprevenida os restantes membros da Aliança do Atlântico Norte.

Entretanto, o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, acredita que há uma maneira de abordar as preocupações da Turquia sobre a adesão da Suécia e da Finlândia.

“Acho que há um caminho. Acho que chegaremos lá no final e é muito importante ouvirmos todos os membros e suas preocupações neste processo e certamente ouviremos a Turquia”, disse ao parlamento, acrescentando que está em conversações com estaria falando com o seu congénere turco.

Também parece ser este o ponto de vista do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg. “Não é incomum na NATO haver opiniões divergentes sobre decisões importantes. Temos muita experiência e, quando há divergência de opinião, há que sentar e encontrar soluções”, disse a jornalistas. “Estamos a abordar as preocupações que a Turquia expressou” juntos dos países visados.

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