Este regime, decidido pelos serviços de segurança (FSB), confere poderes especiais à polícia e às forças armadas, de acordo com uma nota de imprensa do governador.
O regime permite a retirada de civis das zonas em causa, o aumento do controlo das telecomunicações, a facilitação de intervenções por parte de forças antiterroristas ou verificações de identidade e reforço de patrulhas.
As autoridades “apelam aos cidadãos para a vigilância, o cumprimento das ordens dos representantes da polícia e não interferência na ação da polícia”, diz o comunicado de imprensa.
Este regime antiterrorista vigora há anos no Cáucaso russo, em particular na Chechénia, onde a Rússia travou uma rebelião de independência que mais tarde se transformou em uma força ‘jihadista’ armada.
Esta é a primeira vez que uma região russa é colocada sob este regime desde a ofensiva russa na Ucrânia, lançada por Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022.
A Ucrânia negou ter organizado a incursão armada andamento na região de Belgorod.
A operação foi reivindicada no Telegram por um grupo que se apresenta como pertencente à “Legião da Liberdade para a Rússia”, ou de russos que lutam do lado ucraniano, que já havia afirmado estar por trás de incursões anteriores na mesma região.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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