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Ucrânia. Zelensky exclui negociações de paz com Rússia sem retirada prévia de tropas russas

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, excluiu esta quinta-feira qualquer negociação de paz com Moscovo sem a retirada prévia das tropas russas do território da Ucrânia.
18 Agosto 2022, 18h14

“Pessoas que matam, violam, atacam as nossas cidades civis com mísseis de cruzeiro todos os dias não podem querer a paz. Deveriam primeiro abandonar o nosso território, e então veremos”, declarou Zelensky numa conferência de imprensa em Lviv, sublinhando “não confiar na Rússia”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas de suas casas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 176.º dia, sublinhando que os números reais serão certamente muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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