A União Geral de Trabalhadores (UGT) vai esta terça-feira levar à sede de concertação social a proposta de aumento do salário mínimo nacional dos atuais 557 para 585 euros, um valor cinco euros superior à proposta do Governo. A central sindical entende que a revisão salarial é “viável” e que, tendo em conta o quadro económico atual, é uma proposta “adequada e necessária”.
“Entendemos que o atual quadro económico permite que as empresas possam suportar maiores esforços e garantir uma subida nos salários dos trabalhadores”, sustenta o secretário-geral adjunto da UGT, Sérgio Monte, em declarações ao “Jornal Económico”.
“Trata-se de uma medida de ajustamento dos rendimentos dos trabalhadores que faz sentido tendo em conta as melhorias económicas a nível nacional”, acrescenta.
A UGT entende que a subida do salário mínimo deve ser comportada pela economia, sem que isso traga mais malefícios à economia. “Não queremos, de modo algum, que a proposta venha agravar os problemas de desemprego. Esta é uma proposta que achamos adequada tendo em conta a fase de crescimento em que o país se encontra”, afirma.
A proposta da UGT fica cinco euros acima do aumento previsto pelo Executivo de António Costa. Sérgio Monte explica que, apesar de a proposta do Governo ficar perto da que estão a apresentar, a central sindical “continua a acreditar que o parecer dos parceiros sociais é importante” e não poderia deixar de apresentar uma contraproposta, que entendem ser “viável”.
Em cima da mesa de discussão estará também a proposta apresentada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), que pede um aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros. “É uma proposta legítima, mas a UGT não se revê nessa reivindicação”, sustenta o secretário-geral adjunto da UGT.
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