Mais de um ano e meio antes do referendo de 1 de outubro, o governo e os partidos independentistas catalães já sabiam que avançar com uma consulta popular para a independência sem primeiro chegar a um acordo com o Estado não era uma opção sensata, revela esta terça-feira o El Mundo.
“Um referendo sem um acordo não faz sentido”. Esta terá sido a conclusão das partes aquando de uma reunião que aconteceu em fevereiro de 2016, uma opinião conjunta que acabou por não ser suficiente para incentivar a que a “pressão” internacional forçasse o Estado a aceitar a ida às urnas, de acordo com o diário espanhol.
Os novos desenvolvimentos sobre o processo de independência da Catalunha surgem apenas dois dias antes de a justiça belga apresentar a decisão sobre o pedido de detenção e entrega a Espanha de Carles Puigdemont.
Segundo a mesma publicação, as informações constam de um documento de Josep Maria Jové, que agora se encontra no Tribunal de Instrução 13 de Barcelona. O ex-secretário-geral do conselho de Economia e Finanças da Generalitat registou na sua agenda, durante quase dois anos, as reuniões para elaborar o caminho independentista: uma das que mais dúvidas esclareceram foi a de 23 de fevereiro de 2016.
Na passada quinta-feira, dezenas de milhares de manifestantes reuniram-se em Bruxelas a favor da independência da Catalunha, sob o slogan “Acorda, Europa”. A polícia belga reviu em alta para 45 mil a estimativa do número de pessoas presentes no encontro, depois de inicialmente ter estimado entre 10 mil e 20 mil participantes A manifestação na Bélgica foi organizada por duas associações independentistas catalãs e levou à mobilização de mais de 250 autocarros.
http://www.jornaleconomico.pt/noticias/independentistas-nao-conseguem-assegurar-vantagem-na-catalunha-241614
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