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Uma esplanada com vista para a 7ª arte

A Cinemateca Portuguesa e o restaurante 39 Degraus propõem jantar com vista para um filme. Por outras palavras, a esplanada do nº 39, da rua Barata Salgueiro, em Lisboa, é palco de cinema ao ar livre este verão.
18 Agosto 2022, 20h00

“Luzes, câmara, ação!”

Estamos na esplanada da Cinemateca Portuguesa, na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, e mesmo sem ouvir este clássico mot d’ordre que antecede o também caraterístico som da claquete, a imaginação ganha asas e deixa-se levar. O ambiente é propício. E não falta muito para mais uma sessão ao ar livre – que pode combinar com um pacato jantar no restaurante 39 Degraus. Eis a sugestão da Cinemateca Portuguesa para este verão, todas as noites, de segunda a sábado.

No menu vai encontrar propostas bem diversas e, quiçá, menos óbvias no “cardápio” habitual da Cinemateca. O facto de as sessões decorrerem na esplanada talvez não seja alheio à seleção feita. Uma coisa é certa, a oferta é eclética e, a começar pelo serão de hoje, com “Suprema Decisão”, de Fritz Lang – uma das suas obras preferidas –, a semana prossegue com outros filmes de culto como “O Retrato de Dorian Gray”, a mais famosa adaptação da história de Oscar Wilde, com Albert Lewin por detrás da câmara, e “A Dama do Lago”, filme noir realizado por Robert Montgomery, na noite de sábado.

Se não estiver pela capital nestes dias, não desanime. Até ao final do mês ainda serão exibidos outros filmes emblemáticos e pérolas pouco vistas como “Os Grandes Aldrabões” (Duck Soup, no original) de Leo McCarey, com Groucho, Chico, Harpo e Zeppo Marx, e uma produção Gaumont atribuída por uns historiadores a Louis Feuillade e por outros a Étienne Arnaud ou a Émile Cohl, intitulada “Le Mirroir Magique”, de 1909.

A par de obras-primas do cinema como “O Crepúsculo dos Deuses”, de Billy Wilder, “Madame de…”, de Max Ophüls e “A Mulher Que Viveu Duas Vezes”, de Alfred Hitchcock. Sem esquecer esse género tão querido por muitos, que é o western, e que aqui acolhe uma obra maior de John Ford, “A Desaparecida”.

Noutro registo, “A Louca de Chaillot”, de Bryan Forbes, revela uma das mais exuberantes interpretações de Katharine Hepburn, naquela que é a primeira exibição desta película na Cinemateca. Dando um salto no tempo e no espaço, també, haverá oportunidade para ver ou rever a magia de Tim Burton no mundo de Willy Wonka, com “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, ou perder-se no universo de aventuras de “Indiana Jones, Os Salteadores da Arca Perdida”, cortesia de Steven Spielberg.

Consulte aqui a programação completa.

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