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União Europeia e Canadá formalizam na OMC queixas contra Estados Unidos

A denúncia contra os EUA na Organização Mundial do Comércio em Genebra é a resposta à medida protecionista de Donald Trump por parte de Bruxelas e Otava.
2 Junho 2018, 21h04

Embora nenhuma das partes ouse, por enquanto, proferir a palavra guerra comercial, foi dado mais um passo nesse sentido: A União Europeia (UE) e o Canadá apresentaram formalmente, esta sexta-feira, 1 de junho, na Organização Mundial do Comércio, queixas contra os Estados Unidos, pela imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as importações de alumínio.

A agência espanhola Efe teve acesso ao documento de seis páginas da queixa da União Europeia, segundo a qual Bruxelas considera que a decisão de Donald Trump é “inconsistente” com as obrigações assumidas pelos Estados Unidos no Acordo Geral sobre Tarifas Alfandegárias e Comércio (GATT) de 1994 e no Acordo sobre Salvaguardas da organização.

Segundo Bruxelas, os Estados Unidos aplicam medidas de salvaguarda sem limitar o período necessário para prevenir os supostos malefícios à sua indústria, que vai até quatro anos, e sem introduzir uma liberalização progressiva que permita o regresso à normalidade.

No mesmo sentido vai a argumentação do Canadá, outro dos países afetados pela decisão de Donald Trump, que avançou igualmente para Genebra. Em comunicado, citado pela agência de notícias Reuters, a responsável pelas Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, afirma que “as tarifas, unilaterais, impostas sob o falso pretexto de salvaguardar a segurança nacional dos Estados Unidos são inconsistentes com as obrigações comerciais internacionais dos Estados Unidos e da Organização Mundial do Comércio.”

“O Canadá colaborará estreitamente com a União Europeia que também apresentou esta sexta-feira uma impugnação à OMC, assim como com outros países que se oponham a estas tarifas”, acrescentou Freeland.

Donald Trump, decidiu esta quinta-feira, 31 de maio, não prolongar a isenção temporária dada em março à UE, ao México e ao Canadá, aos quais impôs a entrada em vigor das referidas tarifas a partir de 1 de junho (ontem).

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