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União Europeia importou mais de metade da energia que consumiu em 2020

A Eurostat revela que, em 2020, a Rússia foi o principal fornecedor de gás natural, produtos petrolíferos e carvão da União Europeia.
28 Março 2022, 14h46

Mais de metade da energia consumida no bloco europeu, em 2020, foi importada enquanto que a produção própria não terá ido mais além dos que os 42%.

De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, “a União Europeia (UE) importou 58% da energia que consumiu enquanto que a própria produção deu resposta a 42% das necessidades” do bloco.

Segundo o gabinete de estatísticas europeu, o mix energético no ano marcado pela pandemia consistiu em 35% de produtos petrolíferos e petróleo, 24% de gás natural, 17% de energias renováveis, 13% de energia nuclear e 11% de energias fósseis. E numa altura em que o debate sobre a redução da dependência da energia russa continua a em cima da mesa, a entidade europeia vem ressalvar que a Rússia foi o principal fornecedor de gás natural, produtos petrolíferos e carvão — as principais matérias primas que formam o mix energético da União Europeia.

O gás natural, um importante combustível para a produção de eletricidade e aquecimento na UE, foi o combustível com maior exposição às importações da Rússia. Em 2020, os 27 Estados-membros receberam 46% das suas importações de gás natural deste fornecedor, satisfazendo 41% da energia bruta disponível derivada do gás natural.

O barril de crude, uma matéria prima considerada essencial para a produção de combustíveis de transportes e para a indústria petroquímica, foi a família de combustíveis com a segunda maior exposição às importações da Rússia. Em 2020, a UE contou com este fornecedor para 26% das suas importações de petróleo bruto, o que satisfez 37% das necessidades energéticas do bloco europeu

Por último, os combustíveis fósseis sólidos, nomeadamente como o carvão, tiveram a menor dependência de importação da Rússia, que forneceu 19% do uso de combustíveis fósseis sólidos na UE. Em 2020, a UE importou 53% desta matéria prima russa, o que representou 30% do consumo total europeu.

 

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