A União Europeia decidiu sancionar 40 oficiais bielorrussos próximos do governo, mas não o presidente Lukashenko, na sequência das eleições de 9 de agosto que a comunidade internacional ocidental diz terem sido viciadas. Na sequência da reunião do Conselho Europeu, a presidente da Comissão Europeia deixou ainda avisos à Turquia.
As sanções europeias são dirigidas ao ministro do interior da Bielorrússia, ao chefe da comissão eleitoral do país e a um conjunto de comandantes militares, diretores de prisões e responsáveis pela segurança interna, como se lê numa nota oficial da UE.
A decisão de não incluir Lukashenko na lista de oficiais a sancionar deixou alguns estados bálticos desapontados, reporta a Reuters, mas está em linha com a política europeia de só punir governantes e topo em último caso, sendo o objetivo a marcação de novas eleições. A Bielorrússia também já fez saber que aplicará sanções à UE em retribuição.
Já na manhã desta sexta-feira, e depois de uma reunião entre os líderes dos estados-membros da UE, Ursula von der Leyen avisou a Turquia que o bloco europeu está pronto para aplicar sanções caso não terminem as provocações no Mediterrâneo.
“Queremos uma relação positiva e construtiva com a Turquia, o que também é do interesse de Ancara, mas tal só funcionará caso acabem as provocações e pressão”, afirmou a presidente da Comissão Europeia na conferência de imprensa depois do Conselho Europeu Especial de quinta-feira.
“Esperamos, portanto, que a Turquia se abstenha a partir de agora de ações unilaterais. Caso continuem as atitudes de Ancara, usaremos todos os instrumentos e opções ao nosso dispor”, continuou.
Em declarações à Reuters, um oficial turco já manifestou esperança em novas conversações com Atenas, mas avisou que a possibilidade de sanções não bloqueará a Turquia, pelo contrário.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com