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“Vamos baixar mais os impostos”, garante António Costa Silva a jornal espanhol (com áudio)

Esta não é a primeira vez que o ministro da Economia expressa esta ideia de uma descida de impostos, uma posição que lhe valeu fortes críticas dentro do próprio Ministério que lidera e que culminou com a saída de dois secretários de Estado.
  • António Pedro Santos/Lusa
30 Maio 2023, 11h02

O ministro da Economia, António Costa Silva, garantiu em entrevista ao “El Mundo”, esta terça-feira, que o Governo português está focado em baixar impostos. O titular da pasta da economia reforçou nesta entrevista que a redução dos impostos “liberta potencial de crescimento”.

De resto, esta não é a primeira vez que o ministro da Economia expressa esta ideia de uma descida de impostos, uma posição que lhe valeu até críticas dentro do próprio Ministério que lidera e que culminou com a saída de dois secretários de Estado.

Em setembro do ano passado, António Costa Silva, afirmou que uma redução do IRC transversal a todas as empresas seria “um sinal extremamente importante para toda a indústria” e “extremamente benéfico” face à atual crise. “Hoje, face à crise que temos, penso que seria extremamente benéfico termos essa redução transversal e, a partir daí, ver qual é o impacto que pode ter no futuro”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas em Milão.

Na sequência dessas críticas públicas, António Costa Silva obrigou António Costa a mudar as secretarias de Estado da Economia e do Turismo. As divergências na eventual baixa do IRC deram o ponto de partida para a incompatibilidade entre o ministro e os seus secretários de Estado e a consequente saída de João Neves e Rita Marques.

Além deste tema dos impostos, Costa Silva referiu-se ainda aos resultados das últimas eleições em Espanha e à consequente marcação de eleições antecipadas para julho deste ano. Referiu o ministro que o Governo português está preparado para cooperar com o novo elenco governativo espanhol que sair das próximas eleições.

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições legislativas nacionais para 23 de julho, na sequência da derrota dos socialistas nas regionais e municipais de domingo. As repercussões da derrota deste domingo não se fizeram esperar: o Partido Popular (PP) foi a formação mais votada, com os socialistas a perderem várias cidades importantes.

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