A variante britânica já significa 89% dos novos casos identificados, com esta estirpe a crescer significativamente ao longo das últimas semanas, sendo que na última semana correspondia a 83% do total de casos, apontou João Paulo Gomes do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O investigador sustentou que foram também identificados seis casos da nova variante ‘indiana’ em Lisboa e Vale do Tejo, com “três introduções distintas” na região. Esta variante têm-se mostrado extremamente infeciosa e mortal na Índia, com o país a enfrentar atualmente a segunda vaga.
Na última semana, o INSA sequenciou 550 amostras de testagem, com a meta mensal fixada em 1.800, aconselhada pela Comissão Europeia. O investigador sustentou que no mês de abril a sequenciação deve ser realizada entre os 20% e 25% do total de casos identificados.
Também a variante brasileira, mais especificamente da região de Manaus, João Paulo Gomes sustentou a existência de um crescimento em todos os países, sendo que Portugal não foge à regra. Desde que esta variante surgiu em Portugal já se verificaram 73 casos associados, com 44 casos identificados nos últimos 15 dias.
Portugal tem 64 casos da variante sul-africana, sendo que 11 foram identificados nas últimas duas semanas. O investidor do INSA apontou que Portugal se situa abaixo dos seus congéneres europeus, uma vez que a Alemanha e França estão com cerca de 1.000 casos, sendo este um “reflexo da abertura das fronteiras” com vários países.
“Não temos dúvidas que o mês de abril alterará significativamente estes dados”, disse João Paulo Gomes durante a sua intervenção na reunião do Infarmed, referindo-se ao crescimento da estirpe de Manaus, com o INSA preocupado com a sua disseminação no país.
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