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Vem aí uma “recessão severa”, alerta Associação Portuguesa de Bancos

Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, considera que ainda é prematuro perceber como vai evoluir o malparado durante a crise económica e admite ser fundamental adoptar medidas que garantam a capacidade das empresas e das famílias de pagarem créditos.
7 Abril 2020, 13h14

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria de Oliveira, admite que a economia portuguesa entrará numa “recessão severa” e que vai ter impacto no malparado da banca nacional.

Em entrevista à “Reuters”, o presidente da APB salientou que “quando se verifica uma recessão económica, a banca é sempre afectada”, embora admita ser difícil e prematuro, neste momento, saber como será afectada a evolução dos non-performing loans (da sigla em inglês, NPL) por causa dos impactos económicos do novo coronavírus.

Na semana passada, um relatório do Banco de Portugal revelou que a qualidade do crédito dos bancos a operar em Portugal melhorou no último trimestre de 2019, com uma redução do stock de malparado de 4,5 mil milhões de euros, terminando o ano com 17,194 mil milhões de euros, abaixo dos 50 mil milhões registados em junho de 2016.

A qualidade do crédito dos bancos a operar em Portugal melhorou no último trimestre do ano passado ao reduzirem o stock de crédito malparado (da sigla em inglês, NPL) em 4,5 mil milhões de euros, o que se traduz numa diminuição de 20,9% face ao trimestre anterior.

Ferando Neste contexto, Faria de Oliveira considerou ser “fundamental adoptar medidas que permitam mitigar os efeitos desta situação de saúde pública sobre a capacidade de empresas e famílias continuarem a conseguir garantir o cumprimento das suas responsabilidades” de crédito.

A publicação deu ainda conta que o presidente da APB afirmou que os bancos em Portugal estão “absolutamente” empenhados em apoiar a economia nacional, desde que não ponha em causa a estabilidade financeira.

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