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Vendas a retalho na Alemanha caem 4% em abril face a período homólogo

Para a unidade de ‘research’ da BA&N, esta descida evidencia “a evolução frágil da maior economia europeia, que já está em recessão técnica”. Em cadeia, houve uma subida de 0,8% no quarto mês do ano.
  • Berlim, Alemanha
1 Junho 2023, 11h04

As vendas a retalho da Alemanha caíram 4,3% em abril, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis) alemão. Em relação ao mês anterior – variação em cadeia – houve uma subida que, apesar de pouco expressiva (+0,8%) e abaixo do previsto (+1%), marcou o primeiro aumento mensal ao fim de dois meses.

Para a unidade de research da BA&N, consultada pelo Jornal Económico, esta descida evidencia “a evolução frágil da maior economia europeia, que já está em recessão técnica”. “Ainda assim, a evolução foi menos negativa do que o estimado pelos economistas (-5%) e do registado em março (-8,6%)”, destacam os analistas, na nota de mercado.

“Em abril de 2023, as vendas no retalho alimentar aumentaram 0,5% em termos reais e 0,4% comparativamente com o mês anterior. Durante o mesmo período, os preços da alimentação caíram ligeiramente (-0,8%). Em relação a abril de 2022, as vendas reais recuaram 4,4%”, adiantou o organismo de estatística de Berlim.

O relatório do Destatis sobre o quarto mês de 2023 explica ainda que as vendas reais do retalho alimentar estão em queda há 22 meses consecutivos em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo que uma das razões para este declínio deverá, provavelmente, ser o facto de os preços dos alimentos se manterem, persistentemente, elevados.

Na opinião dos traders do departamento de análise do Bankinter, estas referências sobre a economia germânica “parecem bastante boas para o contexto em que estamos e de onde viemos”, uma vez que na variação homóloga – ou seja, a comparação com o mês de abril do ano passado – os preços das vendas a retalho caíram só 4% quando em março a queda tinha sido de mais do dobro (-8,6%). Assim, a percentagem é melhor do que os analistas previam, de -5% em termos homólogos, de acordo com a informação transmitida pelo jornal espanhol “El Economista”.

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