A grande reunião anual do Groupement des Allergologistes et Immunologistes de Langues Latines arrancou este sábado, 29 de outubro, prolongando-se até à próxima segunda-feira, em Vila Viçosa.
Os progressos em Imunoterapia dominam o primeiro dia de trabalho. O tema trouxe a esta cidade alentejana nome grandes da Imunoterapia de Espanha e Itália, como Enrique Fernandez Caldas, Fernando Pineda, David Rodriguez, Miguel Casanova, José Luis Subiza e S. Del Giaco, bem como alguns médicos portugueses de que destacamos Amélia Spinola Santos, Manuel Branco Ferreira e Anabela Lopes.
Domingo, destaque para o painel das ervas às moléculas. “Plantas medicinais na doença alérgica” é o tema de intervenção de Celso Pereira, a que se seguem os espanhóis Ricardo Palacios e Javier Alcover, com a abordagem “Dermatites: Alternativas no diagnóstico, prevenção e tratamento” e Maria Conceição Santos, que abordará a temática “Alergia a venenos de himenópteros abordagem molecular”.
Antero da Palma – Carlos, atual secretário-geral do Groupement des Allergologistes et Immunologistes de Langues Latines, evocará os 40 anos do grupo e os 55 anos da alergologia. A preleção deste nome maior da especialidade a que deu o nome será seguida de uma homenagem à presidente da instituição Maria Laura Palma – Carlos, investigadora coordenadora jubilada de Ciências Médicas do Centro de Hematologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sua mulher (na foto).
Segunda-feira, o debate centra-se na alergia pediátrica e cutânea, nas alergias graves e no triunvirato: Alergia, asma e DPOC.
O Groupement des Allergologistes et Imunologistes de Langues Latines foi criado em 1971 por um grupo de médicos franceses de diversas disciplinas interessados pela Alergologia e Imunologia Clínica, com a finalidade de promover um aperfeiçoamento profissional contínuo e criar laços de amizade entre médicos e biologistas de várias formações. É dirigido por um conselho científico que elege entre os seus membros, sem limitação de mandatos a direção.
Foi em 1986 em Angers que Maria Laura Palma – Carlos foi eleita presidente, curiosamente numa reunião do conselho diretivo na qual não participou por estar numa sessão laboratorial.
“Do ponto de vista transnacional, é provável que os múltiplos avanços na compreensão dos mecanismos da regulação intracelular venham a ter aplicação prática, o que ainda não sucede”, explicava Maria Laura Palma – Carlos ao Jornal Médico aquando da 45.ª reunião do grupo que decorreu na cidade de Tomar.
Maria Laura Palma – Carlos é investigadora coordenadora jubilada de Ciências Médicas do Centro de Hematologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.