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Vista Alegre recua 36% nas vendas em janeiro e reduz força laboral de forma temporária

No primeiro mês do ano, o volume de negócios da Vista Alegre-Atlantis foi de 5,7 milhões de euros. Já ao nível do canal ‘online’, as vendas continuaram a evidenciar no mês de janeiro um excelente desempenho, apresentando um crescimento de 253% em termos homólogos.
5 Fevereiro 2021, 19h33

No mês de janeiro de 2021, o volume de negócios da Vista Alegre-Atlantis (VAA) foi de 5,7 milhões de euros, “uma diminuição, face ao mesmo mês de 2020, de 36,3% (-3,2 milhões de euros)”, de acordo com um comunicado enviado esta sexta-feira à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

“A contínua situação de pandemia em que vivemos e sucessivos estados de emergência que continuam a ser renovados com medidas de confinamento e o encerramento da rede de retalho físico da Vista Alegre em Portugal, estão a afetar negativamente as vendas”, explica o documento em causa, acrescentando que, “já ao nível do canal ‘online’, as vendas continuaram a evidenciar no mês de janeiro um excelente desempenho, apresentando um crescimento de 253% relativamente ao mês de janeiro de 2020, compensando parcialmente a quebra no canal de retalho com as vendas nas lojas a decrescerem 25% face a igual período do ano anterior”.

“O canal ‘Private Label’, foi o mais prejudicado neste mês de janeiro, tendo registado um decréscimo de 37% face a igual mês do ano anterior. O agravamento da situação epidemiológica no país, a par da suspensão das atividades de comércio a retalho da Vista Alegre e encerramento dos respetivos estabelecimentos, determinaram igualmente a implementação, por parte de algumas das subsidiárias da VAA – Vista Alegre Atlantis SGPS, S.A. (…), de medidas de prevenção e de resposta à situação”, avança o mesmo comunicado.

Segundo os responsáveis da Vista Alegre, “a propagação do nível de contágios registado na unidade industrial do Satão da Cerutil – Cerâmicas Utilitárias, S.A., no segmento grés forno, levou a uma redução de 60% do período normal de trabalho de 97,8% dos seus colaboradores (…), a vigorar durante o mês de fevereiro, findo o qual serão reavaliadas as regras de funcionamento desta unidade produtiva”.

“Na unidade produtiva da Ria Stone, Fábrica de Louça de Mesa em Grés, S.A. em Ílhavo, no segmento grés mesa, 1,82% dos colaboradores estão, no mês de fevereiro, em redução de 30% do seu período normal de trabalho (…), não sendo afetada a capacidade produtiva e o volume de encomendas/entregas ao cliente IKEA”, assegura o comunicado em questão.

Os responsáveis da VAA assinalam ainda que “estas medidas acrescem às iniciativas já levadas a cabo pela Vista Alegre AtlantisS.A., nos segmentos de porcelana e cristal, e pela Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, S.A., no segmento da faiança, em face da suspensão da atividade da rede de retalho nacional da VAA (encerramento de lojas). Estas subsidiárias recorreram às medidas de ‘lay-off’ simplificado (…) e de redução temporária do período normal de trabalho semanal (PNT) (…), tendo assim lugar a suspensão temporária de contratos de trabalho de 12,5% dos trabalhadores da Vista Alegre Atlantis S.A. e 1,75% dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, S.A. (todos trabalhadores afetos à rede de lojas), estando os demais trabalhadores destas subsidiárias a prestar trabalho a tempo inteiro ou com redução temporária do PNT (i.e. 14,02% dos trabalhadores da Vista Alegre Atlantis S.A. e 4,20% dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, S.A.)”.

“As medidas que têm vindo a ser adotadas contribuem para a preservação da saúde dos trabalhadores e para a manutenção dos respetivos postos de trabalho, dando igualmente lugar a uma redução de gastos operacionais ao nível da VAA e das suas subsidiárias. A VAA irá continuar a monitorizar, com a prudência que este ambiente de incerteza requer, os impactos da atual situação de calamidade pública decorrente da Covid-19, bem como a adotar as medidas relevantes para promover a continuidade dos seus negócios, na medida possível neste contexto, e a resiliência e sustentabilidade da sociedade, em particular por via dos ajustamentos temporários à produção da VAA que possam vir a ser necessários, caso se prolongue a suspensão da atividade comercial das lojas em Portugal, salvo nos canais ‘online’, e em função da evolução da situação pandémica e do seu quadro legal em Portugal e noutras geografias em que a VAA atua”, conclui o comunicado em apreço.

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