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WhatsApp confirma que o telemóvel do presidente do parlamento da Catalunha foi alvo de ataque em 2019

Os piratas informáticos “tentaram inserir código malicioso na aplicação de WhatsApp de Roger Torrent”, revelou a empresa de serviço de mensagens numa carta enviada ao político independentista.
28 Julho 2020, 11h39

O WhatsApp confirmou que o telemóvel de um dos principais políticos pró-independência da Catalunha, Roger Torrent, foi alvo de ataque em 2019, avançou a Reuters, esta terça feira, 28 de julho.

Nunca carta enviada a Roger Torrent, atual presidente do parlamento da região espanhola da Catalunha, a empresa confirmou que tinham “tentado obter acesso não autorizado a dados e comunicações”  através da conta de WhatsApp do político independentista.

No documento, a que o The Guardian e o El Pais  tiveram acesso, também é revelado que o ataque foi levado a cabo por operadores de spyware fabricados pela empresa de tecnologia, sediada em Israel, NSO Group.

Os piratas informáticos “tentaram inserir código malicioso na aplicação de WhatsApp de Roger Torrent”, apontou Niamh Sweeney, diretora de políticas públicas da Europa, do Médio Oriente e Ásia do WhatsApp . “Com base nas informações disponíveis, não estamos em posição de confirmar se o dispositivo do Sr. Torrent ficou comprometido, pois isso só poderia ser alcançado através de uma análise forense exaustiva do dispositivo”, acrescentou.

Roger Torrent, depois de ter sido informado, garantiu que o “Estado Espanhol” estava por trás do suposto ataque ao seu telemóvel e que acreditava que isso tinha acontecido sem nenhuma autoridade judicial.

O WhatsApp disponibilizou “um canal aberto de comunicação” a Roger Torrent e assistência com quaisquer outras solicitações que o independentista possa ter. A empresa prometeu ainda que o WhatsApp Irlandês responderia a “qualquer ordem judicial” sobre os dados e registros do presidente do parlamento catalão, de acordo com os seus termos e a lei aplicável.

A empesa acredita que os ataques ocorreram durante um período de duas semanas, de abril a maio de 2019, e envolveram um total de 1,400 de seus utilizadores, alvos do spyware ‘Pegasus’, que permite a vigilância remota de smartphones.

“Defendemos uma forte supervisão legal de armas cibernéticas, como as usadas neste ataque cibernético, para garantir que elas não sejam usadas para violar os direitos individuais e as liberdades que as pessoas merecem, onde quer que estejam no mundo”, assegurou Niamh Sweeney.

 

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